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CIENTISTAS COMPROVAM QUE CÃES ENTENDEM CADA PALAVRA DO QUE DIZEMOS!

CIENTISTAS COMPROVAM QUE CÃES ENTENDEM CADA PALAVRA DO QUE DIZEMOS!

Cientistas comprovam que os cães entendem cada palavra do que dizemos!

Pesquisadores da Universidade Emory, nos , analisaram o comportamento de cães enquanto estão nos ouvindo. A pesquisa foi divulgada pela revista Science e revela que o cão não só entende o som, como compreende as palavras direcionadas a ele.

Por Portal Raízes, com as contribuições de Juci Polli

Os animais foram expostos à múltiplas combinações de palavras e entonação e receberam elogios com entonação neutra e palavras neutras com entonação de elogio, por exemplo. Quando as palavras de elogio vêm com a entonação apropriada, a região da recompensa do cérebro é ativada.

O estudo sugere que em um ambiente rico em conversas, como o caso de um cachorro que vive com uma família de seres humanos, as representações do significado das palavras podem surgir no cérebro. Os cachorros, da mesma forma que as pessoas, usam o lado esquerdo para interpretar as palavras, e uma parte do lado direito para identificar a entonação do que é dito.

Assim, o cérebro das pessoas não só analisa de maneira separada o que se diz e a forma, como integra essas duas informações para chegar a um significado unificado. Os cachorros também podem fazer os mesmo e “para isso empregam mecanismo cerebrais muito parecidos”.

Ao todo, 13 cachorros de raças diferentes, entre elas border collie, labrador, pastor alemão poodle e vira-latas, participaram do estudo. Eles foram colocados em um aparelho de ressonância magnética funcional (fMRI) para realizar análises cerebrais de maneira não invasiva e sem dor, que serviram para medir a atividade cerebral dos animais enquanto eles escutavam a voz de seus donos.  

Os pesquisadores investigaram como os cérebros caninos processam o que dizemos e perceberam que os cachorros reconhecem palavras distintas independentemente da entonação. Funciona como no nosso cérebro: o hemisfério cerebral esquerdo processa palavras e o direito processa entonação.

Os cães, segundo Anna Gábor, uma das autoras do estudo, ouviram elogios que eram pronunciadas com entonação neutra e na forma de afago, além de outras palavras que não tinham significado algum para os animais, mas ditas com as mesmas entonações. Além disso, o centro de recompensa dos animais estudados só foi ativado no momento em que eles escutavam uma palavra de elogio pronunciada com uma entonação de carinho.

Este estudo representa o primeiro passo para entender como os cachorros interpretam a fala humana e seus resultados podem ajudar a tornar a comunicação e cooperação entre ambos mais eficientes, segundo os pesquisadores.

E agora, que tal adotar um cachorro? Há muitos que foram abandonados à própria , acredita?

Fontes: eScienceNewsEmory; Revista ScienceCo-autores do estudo Frontiers in Neuroscience incluem Peter Cook (um neurocientista do New College of Florida), Mark Spivak (proprietário do Comprehensive Pet Therapy) e Raveena Chhibber (especialista em informações do Departamento de Psicologia da Emory). Co-autores do artigo Science Reports também incluem Spivak e Chhibber, juntamente com Kate Athanassiades (da Emory’s School of Nursing).

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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