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Comandante Marighella: Communista e poeta de todas as horas

Comandante Marighella: Communista e poeta de todas as horas

50 anos da morte de

CLP – COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA -AUDIÊNCIA PÚBLICA REALIZADA EM 6 DE NOVEMBRO DE 2019 ÀS 15:30

Esse foi um dolorido livro para ser revisado, de repente parece que estamos entrando naquelas aberrações hollywoodianas, onde já não há mais maldade para se reinventar. Aí, a gente que é um pouco mais moça, que leu muito e leu Veias Abertas da América Latina e leu também Ditadura Nunca Mais chega à conclusão que o fundo do poço era mais fundo.

Quanta tristeza, dores, aflições que passou Marighella? E sua família, seus adeptos tão jovens? Marighella deveria ocupar o Panteão de Heróis do , mas o mais importante é que não foi esquecido. Está aí na cara dos fascistas, mostrando que ideais não se sucumbem.

Amanhã, 06 de novembro, uma foi idealizada pelos queridos Ex-deputado Gilney Vianna, que sempre admirou e acompanhou o Comandante e por sua esposa Xavier Pereira, que teve vítimas familiares desaparecidos  e deixa-nos testemunho inédito dos anos de chumbo.

O livro traz muito mais: poesias inéditas de Marighela, relatos de seu tempo em Fernando de Noronha, em Ilha Grande e pelos paraísos demoníacos do Doi-Codi e Dops. No Distrito Federal.

Traz também o Discurso de Marighella quando foi emboscado dentro de um cinema cheio de crianças, e o primeiro capitulo de seu livro: Porque resisti à prisão.

As notas de Gilney e Iara são muito esclarecedoras e nos dão um aspecto amplo divergente da história oficial contada nos livros e outorgada pelo General Costa e Silva e seus ascetas.

Não perca o oportunidade de, pelo menos, conhecer os dois lados da história.

Edição do livro, Revisão e Arte final feita com muito esmero.

Vamos lá?

Fonte: Gilney Viana e Iara Xavier Pereira

 50 anos da morte de Carlos Marighella

CLP – COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

AUDIÊNCIA PÚBLICA REALIZADA EM 6 DE NOVEMBRO DE 2019 ÀS 15:30

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COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA Audiência Pública Extraordinária – 06/11/2019

DETALHES

Tema:

50 anos da morte de Carlos Marighella

Local:

Anexo II, Plenário 03

Início:

06/11/2019 às 14h30

Situação:

Convocada

Informações:

Origem: Requerimento nº 92/2019, de autoria da Deputada Luiza Erundina e do Deputado Jorge Solla.

Convidados:

Carlos Augusto Marighella – Filho de Carlos Marighella;

Iara Xavier Pereira – Familiar de mortos de desaparecidos políticos;

Gilney Amorim Viana – Ex-preso político, ex-deputado federal;

Emiliano José – Ex-deputado federal, autor do livro “Carlos Marighella, o inimigo número um da Ditadura”;


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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