Combate à violência

Combate à violência e ao feminicídio são temas do X Concurso de Redação e Desenho do Sinpro-DF

Combate à e ao feminicídio são temas do

X Concurso de Redação e Desenho do Sinpro-DF

É preciso fomentar o sobre as consequências da violência

contra a mulher e combater um problema que afeta todas e todos

O ano de 2019 mal começou e somente na primeira semana foram registrados 21 casos de feminicídio e 11 tentativas de assassinatos de . As estatísticas assustam e é fundamental suscitar o debate em todas as esferas, inclusive, no ambiente escolar.

Sem dúvida, faz-se necessário e urgente impulsionar a conversa sobre a importância do combate à violência contra a mulher, por esse motivo, este ano, o tradicional Concurso de Redação e Desenho do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) terá como tema “Feminicídio: ato final da violência doméstica”.

A escolha do tema surgiu pensando na categoria que é formada majoritariamente por professoras, além disso, o Sinpro-DF sempre atuou encabeçando lutas de interesse das mulheres. Exemplo deste comprometimento é que o sindicato foi a primeira entidade a criar uma pasta específica para este segmento. O surgimento da Secretaria de Assuntos e Políticas para Mulheres Educadoras foi um marco da do sindicato que transpôs as barreiras da mera luta econômica, para assuntos bem mais amplos.

Essas lutas tiveram papel fundamental na conquista da Lei da Penha, em 2006, e do Feminicídio, em 2015. A tipificação do crime foi um passo comemorado por militantes e especialistas na área por dar visibilidade e mostrar com mais precisão o cenário da de gênero no país.

E inserir os(as) alunos(as) nessa discussão serve justamente para desconstruir as relações de gênero opressoras, uma vez que a violência doméstica reflete diretamente na vida dos(as) estudantes.

Como determina a Organização das Nações Unidas (ONU), é preciso unidade entre os países da na busca pela elaboração de leis e que busquem erradicar essa violência. Só assim, será possível formar cidadãos pautados pela paz, pela , , respeito e igualdade.

As inscrições para o X Concurso de Redação e Desenho do Sinpro-DF começam em 18 de fevereiro. Mais informações no site: www.sinprodf.org.br

Denúncias

As mulheres vítimas de agressões atualmente têm à disposição vários canais de denúncias. O mais comum deles é a Central de Atendimento à Mulher, disponível pelo telefone 180.

Há também os Centros Especializados de Atendimento às Mulheres (CEAM), em que as mulheres em situação de violência têm acesso ao atendimento psicológico, social, orientação e encaminhamento jurídico.

Existe também o Programa Superando a Violência oferece atendimento e proteção às vítimas e aos familiares. O contato é realizado pelo e-mail provitima@sejus.df.gov.br, ou diretamente na sede, na Estação Rodoferroviária. E as Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam).

DENUNCIE!

NÃO SE CALE!

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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