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Mata Atlântica reduz taxa de desmatamento

comemora menor taxa dos últimos 30 anos. 9 Estados Chegaram ao desmatamento Zero

Por: Gisella Meneguelli

A floresta mais devastada do país, a Mata Atlântica, conseguiu um feito importante: atingir a menor taxa de desmatamento dos últimos 30 anos.

Um notícia importante para ser comemorada às vésperas do Dia Nacional da Mata Atlântica, celebrado em 27 de maio. Os dados, divulgados pela Fundação SOS Mata Atlântica, mostram o êxito do resultado do programa de monitoramento que vem sendo feito há três décadas pela entidade junto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Segundo divulgado pelo G1 a partir do informe da Fundação, em 2017 e 2018, foram destruídos 113 quilômetros quadrados do bioma, taxa que representa uma queda de 9,3% em comparação com o período anterior. O diretor de da Fundação SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, reconhece que:

“Conseguimos esse resultado atual no controle do desmatamento porque a sociedade se envolveu”.

Desmatamento Zero

Atualmente, restam apenas 12,4% de área original do bioma, distribuídos por dezessete estados brasileiros. Nove deles chegaram ao “nível zero” de desmatamento: Ceará, Alagoas, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, São Paulo e Sergipe.

mata atlantica desmatamento

Mas nem tudo é perfeito, pois estados como Minas Gerais, Paraná, Piauí, Bahia e Santa Catarina têm taxas inaceitáveis de desmatamento.

“Em Minas houve muitas áreas de florestas que foram derrubadas para transformar a madeira em combustível para fornos de siderurgia”, comenta Mantovani.
Os dados sobre a Mata Atlântica são divulgados a cada cinco anos desde 2010. A coordenadora técnica do programa no Inpe, Ieda Del'Arco Sanches, diz que o programa é fundamental para que a sociedade acompanhe a situação da cobertura florestal e exija ações. Ela ainda comenta que:

“Com a evolução da tecnologia, as imagens que analisamos não deixam dúvidas sobre o desmatamento observado pelo satélite”.

Vigilância

Apesar da boa notícia, na próxima semana será votada no Congresso a Medida Provisória 867, podendo colocar em risco os resultados conquistados nos últimos 30 anos.
Mantovani alerta que a MP recebeu emendas que podem aumentar o desmatamento, pois flexibiliza a obrigatoriedade de reflorestamento para quem realizada desmatamento e dispensa a recomposição de Reserva Legal. A análise de Montavani sobre essa flexibilização é de que ela significa uma anistia irrestrita do desmatamento ilegal.
A MP, caso aprovada, só vai piorar o papel do no ranking de países que descuidam de suas florestas. De acordo com um relatório publicado pela ONG Global Forest Watcho Brasil foi o líder na destruição de florestas primárias no mundo em 2018.
Para sair dessa posição, é preciso um trabalho conjunto, como diz Marcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, que destaca que o resultado positivo obtido foi devido a ações afirmativas de monitoramento sistemático e combate ao desmatamento que envolveram órgãos ambientais estaduais, polícia ambiental, Ministério Público e Ibama nos 30 anos últimos anos.

“Esses dados comprovam como o acompanhamento da sociedade civil e investimentos dos governos no cumprimento da Lei da Mata Atlântica, por meio dos órgãos de conservação, fiscalização e controle, trazem resultados concretos. Este tipo de ação precisa ter continuidade”, destaca Hirota para o Jornal do Brasil.
Mantovani alerta que é preciso monitorar as propostas do atual governo federal para que as os resultados conquistados nas últimas décadas não sejam perdidos.

“Não podemos permitir o enfraquecimento da gestão ambiental e nenhuma tentativa de flexibilização da legislação”, defende.

Estamos de olho nas ações do governo e divulgando seus passos, a fim de que mais pessoas estejam cientes e conscientes da importância dos projetos e das políticas de preservação e conservação ambiental, para que exijam dos representantes compromisso com a agenda ambiental no Brasil e no mundo.
Fonte: https://www.greenme.com.br/informar-se/ambiente/8048-desmatamento-na-mata-atlantica-zero


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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