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Evento na COP 23 propõe reestruturar o REDD+

Evento na COP 23 propõe reestruturar o REDD+

Na quarta-feira, dia 8/11, entre 13h45 e 15:15h (horário de ), a Aliança REDD+ promoverá na COP 23, em Bonn, na Alemanha, o evento paralelo “Reframing REDD+ in Brazil: a long term solution to address deforestation and promote the sustainable development” (Reestruturando o REDD+ no Brasil: uma solução de longo prazo para monitorar o desmatamento e promover o ).

A proposta é apresentar o potencial brasileiro de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, mais manejo florestal sustentável), frente às futuras oportunidades do mercado de , como as geradas pelo Mercado de Desenvolvimento Sustentável do Acordo de Paris ou o mercado de carbono da aviação civil internacional (Corsia/Icao).

Com 60% do território ocupado pela , pioneirismo na realização de projetos de REDD+ e compromisso de zerar o desmatamento ilegal na até 2030, o Brasil tem tudo para liderar o mercado mundial de créditos de carbono florestais. O desafio é frear o desmatamento e as mudanças no uso do solo pela agropecuária, responsáveis por 74% das emissões brasileiras, segundo dado do SEEG 2017 (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa).

Em outubro, ao anunciar a taxa de desmatamento anual da Amazônia, o próprio ministro do , Sarney Filho, reconheceu que operações de REDD+ e de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) são essenciais para remunerar a conservação e complementar as ações de comando e controle em favor da Floresta.

No evento em Bonn, a Aliança REDD+ Brasil trará a público o conceito de REDD Integrado, que propõe soluções para aspectos que ainda podem despertar dúvidas, como o risco de saturação dos mercados de carbono com créditos florestais; a pressão dos créditos florestais sobre os preços de outras formas de mitigação; e os mecanismos para evitar a dupla contagem de créditos.

Dentre os palestrantes e debatedores, estarão: Juan Carlos Aybar (Althelia Climate Fund, a confirmar); Alice Thuault (ICV); Chris Meyer (EDF); Pedro Soares (Idesam); Thiago Chagas (Climate Focus); Virgílio Viana (FAS).

O quê: Reestruturando o REDD+ no Brasil

Quando: 8/11, entre 13h45 e 15:15h (horário de Brasília)

Onde: Bonn Zone – Meeting Room 10

Membros da Aliança REDD+ Brasil podem dar entrevistas no Brasil e em Bonn

Sobre a Aliança REDD+ Brasil Formada por BVRio (Bolsa de Valores Ambientais do Rio de Janeiro), Biofílica Ambientais, Fundação Sustentável (FAS), Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), Instituto de Pesquisas da Amazônia (IPAM) e Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia () trabalha para divulgar o REDD+ como ferramenta voltada a pôr fim no desmatamento ilegal e gerar recursos para governo, produtores, comunidades tradicionais e indígenas. O Brasil tem potencial para captar até US$ 45 bilhões por meio de REDD+ na Amazônia até 2030, e a Aliança quer contribuir para que o país esteja em posição de liderar o crescente mercado de compensação de emissões de carbono por nações, unidades subnacionais, setores produtivos e grandes eventos.

ANOTE AÍ:

Esta matéria nos foi cedida pela P&B Comunicação. Mais info:

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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