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Cop 26: Txai Suruí fala aos povos do mundo

Cop 26: Txai Suruí fala aos povos do mundo

Representando o Povo Paiter Suruí e os Povos Indígenas do Brasil, Txai Suruí fala aos líderes mundiais

Do Brasil para a COP26, Walelasoetxaige fala da importância e urgência das ações climáticas agora e não em 2030 nem 2050.

A ativista indígena brasileira disse que os líderes globais “fecharam os olhos” para a mudança climática como uma das primeiras pessoas a discursar nesta segunda-feira, na cúpula que acontece em Glasgow, na Escócia. 
Ela falou antes mesmo do secretário-geral das Nações Unidos, António Guterres.

 
 
Walelasoetxeige Paiter Bandeira Suruí – Foto: Oli Scarff / AFP
 
 
“Tenho 24 anos, mas meu povo vive no Amazonas há 6.000 anos”, começou lendo Walelasoetxeige Paiter Bandeira Suruí, da etnia Paiter Suruí, em inglês, diante de uma audiência de mais de 120 líderes do planeta.
 
Com um traje tradicional e o rosto pintado, Paiter Bandeira Suruí reivindicou a herança de seus antepassados, a riqueza ecológica da Amazônia e exigiu a proteção para os líderes indígenas que são assassinados em defesa de suas comunidades.
 
“Hoje, o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo e nossas plantas não florescem como antes”, explicou a jovem, estudante de direito.
 
“A Terra está falando conosco e está dizendo que não temos mais tempo. Precisamos de outro caminho. Não em 2030, não em 2050, mas agora”, disse a indígena, referindo-se às principais metas de progresso estabelecidas pela comunidade internacional. “Temos ideias para adiar o fim do mundo. Acabemos com as mentiras”, pediu.
 
Matéria publicada em https://www.paiter-surui.com

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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