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5 Curiosidades sobre o 1o de Maio

5 Curiosidades sobre o 1o de Maio

No , o Dia do Trabalhador (e da Trabalhadora) é comemorado há pouco mais de 90 anos. Em 1925, o então presidente da república Artur Bernardes decretou o dia 1º de maio como feriado nacional a partir daquele ano. O blog Traduzca apresenta cinco curiosidades sobre a data, no país e no

Publicado por Traduzca

1 – A origem da data

A primeira vez que o Dia do foi comemorado no mundo foi no ano de 1889. A data faz uma referência ao dia de 1886, quando vários de Chicago, nos , paralisaram suas atividades. Uma das reivindicações da greve foi a redução da jornada de trabalho de 13h para 8h diárias.

Neste dia, confrontos entre manifestantes e policiais deixaram centenas de pessoas mortas e feridas. A data ficou marcada por passeatas e pela .

Uma das reivindicações da greve de Chicago em 1886 foi a redução da jornada de trabalho de 13h para 8h diárias. Data do evento foi escolhida como o Dia do Trabalho.

Uma das reivindicações da greve de Chicago em 1886 foi a redução da jornada de trabalho de 13h para 8h diárias. Data do evento foi escolhida como o Dia do Trabalho.

2 – Labour Day nos Estados Unidos

Contamos que a origem do 1º de maio foi nos Estados Unidos, mas o país comemora a data em outra época do ano. Conhecido como Labour Day, o Dia do Trabalho nos EUA é celebrado na primeira segunda-feira de setembro, com festas, piqueniques e desfiles desde 1894.

A data foi criada em 5 de setembro de 1882, em Nova York, pelo movimento operário e tem como objetivo homenagear a luta das pessoas por melhores condições de trabalho.

3 – Austrália em duas datas

Na Austrália, a comemoração é realizada em diferentes datas, que variam de para estado. No Território da Capital da Austrália, New South Wales e South Australia, por exemplo, o Dia do Trabalho é comemorado na primeira segunda-feira de outubro. Já em Victoria e Tasmânia, a celebração acontece na segunda segunda-feira de março.

Em Western Australia, o Labour Day, como é conhecida a data, a comemoração ocorre sempre na primeira segunda-feira de março, e em Queensland e Northern Territory, na primeira segunda-feira de maio.

4 – A data no Brasil pós Getúlio Vargas

O 1º de maio sempre foi marcado por protestos e manifestações de trabalhadores no Brasil. Esse costume começou a mudar durante o Estado Novo, quando Getúlio Vargas passou a usar a data para anúncios que beneficiavam os trabalhadores.

Entre as iniciativas anunciadas em 1º de maio, podemos destacar a criação da do Trabalho em 1941 e a promoção da CLT em 1943.

O presidente Getúlio Vargas passou a usar a data para anúncios que beneficiavam os trabalhadores.

O presidente Getúlio Vargas passou a usar a data para anúncios que beneficiavam os trabalhadores.

5 – Período de férias no mundo
Uma das conquistas dos trabalhadores no 1º de maio ao redor do mundo é o direito a férias remuneradas. A Organização Internacional do Trabalho recomenda que todo trabalhador tenha direito a três semanas de descanso no ano, sem desconto no salário.
Porém, esta recomendação não é seguida em todo o mundo. Na China e na Nigéria, por exemplo, os funcionários têm direito a cinco dias de férias por ano. No Japão e no México, esse período varia entre oito e seis dias, respectivamente.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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