Somos já ou seremos inimigos? É preciso parar, antes que nos enfrentemos como bárbaros.
Por Lucia Resende
O pior desses elementos que chegaram ao poder foi projetarem o que há de pior em e entre nós. Por ora, vencem a mentira, a intolerância, o ódio, a política de extermínio, a autorização para matar.
“Bandido bom é bandido morto”, diz o presidente. “Mirar na cabecinha e…”, diz o governador que sobrevoa comunidades periféricas num helicóptero de onde policiais atiram a esmo matando inocentes… ou culpados, que seja, como que legitimando o extermínio, imputando pena de morte a “bandidos” pobres, pretos, favelados… Uma gente que faz tudo isso e se diz cristã…
Uma gente que se incomoda com o amor, com um beijo gay, mas fecha os olhos e emudece diante da morte de crianças como a pequena Ágatha.
Diante das queimadas criminosas que nos tiram já o ar. Diante da venda das nossas riquezas que garantiriam educação e saúde para nossas crianças e jovens. Diante dos ataques à ciência, à história e à cultura…
De repente, quem é contra todo esse absurdo vira inimigo.
Olhamos à nossa volta e já não sabemos se algum/a familiar ou amigo/a nos olha com desamor porque ousamos dizer não a esses facínoras, neofascistas travestidos de “gente de bem”. Somos já ou seremos inimigos?
Já nada sei… apenas que é preciso parar, antes que nos enfrentemos como bárbaros… JÁ!
Fonte: Facebook