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Desmatamento: Sinal Vermelho nas Terras Indígenas

Desmatamento: Sinal Vermelho nas Terras Indígenas

: Sinal Vermelho nas

O desmatamento avança a passos largos sobre as Terras Indígenas brasileiras, especialmente na área da Legal. Um sinal vermelho foi dado recentemente pela .

Segundo os dados divulgados pela Funai, em 2016 já foram desmatados cerca de 188 km2, o que corresponde a quase 20 campos de futebol. Ou seja, quase o triplo dos 67 km2 desmatados em 2015. São números alarmantes para qualquer padrão de avaliação.

Dados do Instituto Socioambiental (ISA), os ocupam 1.153.421 km2 de áreas de floresta na Amazônia brasileira. Organizados em 419 Terras Indígenas (TIs), esses guardiões da floresta mantêm 98% da área preservada.

Em tese, essas são áreas de preservação protegidas pelo Estado brasileiro. Na prática, não acontece bem assim. Grileiros e pecuaristas fazem o corte raso da floresta avançando sobre as Terras Indígenas. Também operam ilegalmente nas áreas indígenas garimpeiros, mineradores e madeireiros, em boa parte das  vezes sem qualquer tipo de fiscalização.

O salto do desmatamento nas Terras Indígenas é indício de uma possível nova alta na taxa para toda a Amazônia, cuja estimativa preliminar, para o período de agosto de 2015 a julho de 2016,  só será divulgada ao final do ano de 2016. Segundo a Funai, foi necessário antecipar os dados do desmatamento nas TIs para orientar as ações de fiscalização.

Especialistas e ambientalistas avaliam que a nova alta no ritmo de desmatamento na Amazônia resulta da fragilização do Código Florestal, da redução de Unidades de Conservação, e dos investimentos em grandes obras na Amazônia, ao mesmo tempo em que o governo federal vem suspendendo as ações de fiscalização.

Essa nova tendência de crescimento põe em risco nossas metas de redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa definidas na legislação e nos tratados internacionais ratificados pelo . Ou seja, o Brasil engata marcha a ré em sua política de redução do desmatamento e de proteção de suas florestas.

 Fonte originária dos conteúdos desta matéria:


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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