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Ditadura da Beleza nunca mais! A moda agora é se amar e ser feliz do jeito que se é

Ditadura da Beleza nunca mais! A agora é se amar e ser feliz do jeito que se é

Por  Luiza Fletcher

Já passou da hora de incentivarmos todas as a se amarem e serem felizes do jeito que são, ao invés de prejudicarem sua para que se encaixem em moldes que as fazem infelizes.
Vivemos em uma em que os padrões de beleza são muito definidos, especialmente para as mulheres. Se você não for magra, loira e com aparência de atriz de , raramente sentir-se-á incluída em determinados grupos sociais e especialmente na mídia, que muitas vezes insiste em ignorar a grande variedade de beleza que existe no , priorizando apenas a convencional.
 
Essa grande diferenciação que existe entre as mulheres pode ser muito cruel, e é a causa de condições como depressão, ansiedade, bulimia, anorexia e muitas outras. Muitas mulheres tentam se encaixar nos padrões, seja para conseguir aceitação, um bom ou até mesmo um relacionamento, e nessa busca se perdem de si mesmas, esquecendo-se de que o seu valor vai muito além de aparência, está na , nos valores e na maneira como escolhem viver suas vidas.
Felizmente, entramos em um momento em que há mais consciência sobre esse assunto.
Essas mulheres sempre têm uma palavra positiva para aquelas ao seu redor, e mostram que beleza não tem nada a ver com os padrões que nos são impostos, mas sim com essência, e respeito.
Essas mudanças estão chegando até mesmo à indústria da moda, que é uma das mais cruéis com aquelas que não se encaixam no padrão. A busca por igualdade chegou até as Semanas de Moda espalhadas pelo mundo, que agora apresentam mais modelos curvilíneas, mostrando-nos que a ditadura da magreza está perdendo a força e que a moda é para todas.
Muitas mulheres estão lutando para haja mais respeito e oportunidades iguais para todas, independentemente de altura, cor de cabelo, peso ou maneiras de viver a .

Fonte: O Segredo

 


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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