Djalma Limongi Batista, pioneiro no cinema LGBTQIA+, partiu para o mundo dos encantados
Djalma Limongi Batista, o cineasta de “Asa Branca: Um Sonho Brasileiro”, premiado com o troféu Kikito como melhor diretor no Festival de Gramado de 1982, partiu hoje do espaço físico deste nosso mundo em São Paulo, neste 14 de fevereiro de 2023.
Manauara, nascido no ano da graça de 1947, na capital do estado do Amazonas, Djalma Limongi Batista estreou no cinema em 1968, como curta “Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora”, um dos primeiros filmes a retratar uma relação homossexual no cinema brasileiro. O curta ganhou os prêmios de melhor filme, direção, roteiro e edição no Festival de Curtas do Jornal do Brasil.
“Asa Branca: Um Sonho Brasileiro”, filme que conta história de um jogador de futebol que sai de um pequeno time paulista e vai até a Copa do Mundo, também recebeu os prêmios de Melhor Direção (Festival de Brasília); Melhor Direção e Ator (Festival de Gramado), Melhor Filme, Direção e Ator (Prêmio Air France de Cinema); e Melhor Filme (Festival des Trois Continents).
São obras suas: O Mito da Competição do Sul, 1969; Puxando Massa (documentário inacabado), 1972; “Porta do Céu”, (documentário de curta-metragem), 1973; o experimental ‘Hang-Five’, de 1975; e os filmes “Brasa Adormecida”, de 1986; e “Bocage: O Triunfo do Amor”, de 1998, seu último longa; e Autovideografia (documentário), 2003.
Djalma Limongi Batista também foi fotógrafo, professor de direção da Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André; professor de Direção de Atores e Realização no curso de cinema de FAAP; trabalhou com o diretor teatral Flávio Império na criação de cenários para várias peças e, em 1991, dirigiu sua versão da peça teatral Calígula, do francês Alberto Camus.
Para Josilma Batista, nossa companheira e parceira aqui na Revista Xapuri, e para toda a família de Djlama Batista Limongi, o nosso pesar, o nosso abraço e a nossa solidariedade.
Zezé Weiss – Jornalista Socioambiental. Notícia recebida de Gomercindo Rodrigues, desde o Acre. Matéria construída com base em informações do dgabc e de outras fontes da mídia nacional. Foto de capa: Reprodução/Twitter. Foto interna: Diaulas Ulisses/Diário do Grande ABC.