Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.

Doenças negligenciadas afetam 1 bilhão de pessoas no mundo

Por afetarem regiões pobres, doenças tropicais negligenciadas recebem pouco investimento em pesquisa

Por: Maria Fernanda Garcia, do observatorio3setor

Doenças tropicais negligencias (DTNs) são um grupo de doenças recorrentes na África, na Ásia e na , e atingem, na maioria das vezes, pessoas pobres.

Segundo o relatório ‘Fighting Neglect’ (‘Combatendo a Negligência’, em português), divulgado em 2012 pela organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF), essas doenças afetam cerca de 1 bilhão de pessoas, em 149 países. representam metade das vítimas.

O estudo foi apresentado pela primeira vez no durante o 18º Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, e mostra a experiência de 25 anos da MSF no manejo da doença de Chagas, da doença do sono e do calazar.

Essas doenças, juntamente com outras 17, são classificadas pela Organização Mundial da (OMS) como negligenciadas e causam a morte de cerca de meio milhão de pessoas por ano.

O estudo chama a atenção para a necessidade de mais em pesquisa e , além de novos e efetivos diagnósticos.

Como as populações afetadas não representam um mercado consumidor interessante para a indústria farmacêutica, porque são pobres, não há investimentos em melhorias relacionadas ao tratamento.

A MSF aponta que entre 1975 e 2004 foram criados 1.556 medicamentos, mas apenas 18 para doenças tropicais negligenciadas. A falta de interesse na pesquisa e desenvolvimento de remédios e o isolamento e a dificuldade de acesso por questões de aos locais de surto das doenças deixam 1 bilhão de pessoas afetadas por essas doenças sem .

Atualmente, 20 categorias constam na lista de doenças tropicais negligenciadas produzida pela Organização Mundial de Saúde.

Fonte: https://observatorio3setor.org.br/noticias/doencas-negligenciadas-afetam-1-bilhao-de-pessoas-no-mundo/

ANOTE:  Este site é mantido com a venda de nossas camisetas. É também com a venda de camisetas que apoiamos a luta de entidades e Brasil afora. Ao comprar uma delas, você fortalece um veículo de comunicação independente, você investe na Resistência. Visite nossa Loja Solidária: https://www.xapuriinfo.dream.press/loja-solidaria. Em , encomendas com Janaina: 61 9 9611 6826.

Camiseta Renato Russo: https://www.xapuriinfo.dream.press/produto/camiseta-renato-russo/

Posts redes loja Renato

 

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA