Elisa e Francisco: um amor à prova de guerras

Elisa e Francisco: um amor à prova de guerras

Em seu primeiro encontro naquela noite de baile na elegante e romântica cidade-luz, Paris, Francisco tomou sua mão e a levou aos lábios com a galhardia própria daquele cavaleiro.  Nenhum dos dois jamais poderia imaginar a que começam a escrever juntos naquele momento e que se prolongaria até seus últimos dias de

Por Elisa Lynch

Ele: um jovem General de uma República incipiente em desenvolvimento progressivo cujo mandatário era nada mais nada menos do que sue próprio pai, encontrava-se em missão diplomática em busca de engenheiros, arquitetos e profissionais de todas as áreas, para fortalecer industrialmente ao seu país e, ao mesmo , construir uma infraestrutura bélica capaz de fazer frente a qualquer ameaça de seus vizinhos ciumentos. 

Ella: uma jovem irlandesa do Condado de Cork, da classe média alta, a mais velhos de quatro irmãos, com uma juventude marcada pela e pela escassez que provou um grande tempo de fome em sua , razão pela qual muito jovem deixou sua cidade natal e se casou com um médico militar francês, do qual estava separada no momento do encontro com Francisco. Em Cerro Corá os dois se despediram, selando para sempre sua história e amor e sangue, de alegrias e tristezas, de glória e tragédia, convertendo-se aquele anfiteatro em testemunho da cena final do herói e da dor da heroína, sua amada Elisa. 

Muitas histórias seriam criados em torno desse casal, depois da viveram uma paz igualmente hostil; a calúnia, a infâmia, as histórias mais cruéis e desqualificadoras, criadas pelo inimigo com o único objetivo de desprestigiar a defesa da causa nacional, querendo manchar a defesa da pátria com um sem-fim de acusações, injuriando aquele homem e aquela que se converteriam, para a posteridade,  na história de amor mais idílica e épica já vivida pelo Paraguai, um amor à prova de guerras. 

 

ELISA Y FRANCISCO. UN AMOR A PRUEBA DE GUERRAS

Su primer encuentro en aquella noche de baile en la elegante y romántica ciudad de la luz, París, Francisco tomaría su mano y se la llevaría a los labios con la gallardía propia de aquel caballero. Ninguno de los dos jamás imaginaria la historia que empezaban a escribir juntos desde ese momento y que se prolongaria hasta sus últimos días de vida.

Él: un joven General de una incipiente República en progresivo desarrollo cuyo mandatario era nada más y nada menos que su propio padre, encontrábase en misión diplomática buscando el concurso de ingenieros, arquitectos y profesionales de toda índole, para fortalecer industrialmente su país y a la vez dotar de infraestructura bélica capaz de hacer frente a cualquier amenaza de sus celosos vecinos.

Ella: una joven irlandesa del Condado de Cork, de clase media alta, mayor de cuatro hermanos, con una juventud marcada por la muerte y la escases que provocó la hambruna en su patria, por lo que muy joven deja su ciudad natal y se desposa con un médico militar francés, del cual en ese momento se encontraba separada de hecho
En Cerro Corá ambos se despedirian, sellando para siempre su historia de amor y sangre, de alegrías y tristezas, de gloria y tragedia, convirtiéndose aquel anfiteatro en testigo de la escena final del héroe y del dolor de la heroína, su amada Elisa.

Muchas historias serían formuladas en torno a esta pareja, a la guerra le siguió una paz igual de hostil; la calumnia, la infamia, las más cruentas y descalificadoras historias creadas por el enemigo con el único fin de desprestigiar la causa nacional, queriendo manchar la defensa patria con un sin fin de acusaciones, injuriando a aquel hombre y aquella mujer que se convertirían a la postre, en la historia de amor mas idílica y épica que vivió el Paraguay, un amor a prueba de guerras. 

Fonte: Facebook – Perfil Elisa Lynch. Tradução para o Português: .  Autoria da imagem não identificada. O não representa a opinião da e é de responsabilidade de quem o postou nas redes sociais.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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