O mágico poder das flores
“As flores estão associadas, em muitas culturas e desde tempos muito velhos, a rituais mágicos (…)”
Para os gregos antigos, cada parte da planta correspondia aos auspícios de um deus diferente. A raiz dizia respeito a Cronos, a semente e a casca a Hermes, o lenho e o tronco a Áries, as folhas, a Selene, as flores a Afrodite e o fruto a Zeus.
(…) As flores podem ser usadas como talismãs ou amuletos, ou, então, quando secas, em incensos invocatórios ou purificadores. Entram em beberagens ou filtros de amor com seus sumos perfumados de grande influência mágica e, quando ativadas, transmitem seu poder.
A magia do reino vegetal reside no conhecimento do espírito das plantas. Esse conhecimento orienta o uso das flores em artes mágicas. Para que o exercício dos poderes das flores se realize plenamente, é preciso que certas regras sejam observadas.
Essas regras dizem respeito às horas de colheita, à secagem das folhas e flores, e, sobretudo, à combinação de suas essências. Por exemplo, as flores colhidas na véspera de São João retêm mais força do que no resto do ano.
Em geral, as plantas que se destinam a ritos mágicos devem ser colhidas entre meia-noite e 8 horas da manhã. Sabe-se, igualmente, que a 2ª hora do dia de sábado é muito propícia às plantas usadas em fórmulas mágicas.
Nota da Redação – Nesses coloridos tempos desta quente primavera, nada como tirar um tempinho para conhecer um pouco mais sobre a magia das flores. Este texto sobre flores e feitiços, e as maneiras de tratar o universo florístico para essas finalidades, da secagem às hora apropriada da colheita, são um excerto do que encontramos no livro de Henda “Segredos de Tias e Flores”, da Editora Relume e Dumará, publicado no ano da graça de 1994. Achamos curioso e pensamos que você talvez possa gostar também. Boa leitura, bom proveito!