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Estudantes aprendem a reutilizar papel em Oficina de Reciclagem do Sinpro

Estudantes aprendem a reutilizar papel em Oficina de do Sinpro

Do dia 1° ao dia 5 de junho, aconteceu a Semana Nacional do Meio Ambiente. A data foi instituída no Brasil pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do Decreto nº 86.028, de 27 de maio de 1981, que visa incluir a sociedade na discussão de pautas que tratem sobre preservação do natural do país, sendo também um complemento às celebrações do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5.

E para intensificar ainda mais as ações da semana de conscientização, o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro- DF) realizou uma Oficina de Reciclagem de Papel com estudantes do 5° ano, da Classe (EC) 15, de Taguatinga. A atividade foi realizada na Chácara do , em Brazlândia.

Durante a oficina, os alunos aprenderam, na prática, o processo de fabricação do papel reciclável, compreenderam sobre os riscos do para a , e conheceram alternativas sustentáveis de preservação.

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O assunto foi abordado tendo em vista que o Brasil é um dos maiores produtores de papel no mundo, gerando um grande impacto no meio ambiente devido ao desmatamento. Um levantamento do Global Forest Watch mostrou que o Brasil foi o país que mais perdeu árvores em 2018 em todo o mundo – aproximadamente 1,3 milhão de hectares de florestas primárias, ou seja, aqueles ambientes que não sofreram nenhuma interferência humana.

Enquanto que na , o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, apontou que entre agosto de 2018 e março de 2019, a região perdeu 1.974 quilômetros quadrados de florestas, um aumento de 24% em comparação com o mesmo período anterior. Somente a fabricação de uma folha A4 consome 0,013% do tronco de uma árvore de eucalipto.

Levando em consideração os altos índices do uso de papel, é essencial alertar os estudantes e a sociedade sobre o consumo consciente do material. Por exemplo, com a reciclagem de uma tonelada de papel, evita- se o corte de 20 a 30 árvores adultas, além  de economizar até 80% de energia. Também é possível economizar água. Na produção de cada tonelada de papel novo são gastos 100 mil litros de água, enquanto que na fabricação de papel reciclado este valor cai para 2 mil de litros por tonelada.

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Para a coordenadora pedagógica da EC 15, Dulce Melo, a proposta da oficina complementou e intensificou ainda mais a vivencia com questões ambientais que os alunos já possuíam, por meio de projetos desenvolvidos na escola. “Aqui, os estudantes aprenderam, na prática, a importância de proteger o meio ambiente, da , do reaproveitamento de materiais e da construção de espaços ecológicos e sustentáveis. Nossas crianças serão agentes transformadores da sociedade e essa conscientização começa pela disseminação dos conhecimentos adquiridos.

Hoje, por exemplo, reutilizamos restos de papel da nossa escola para fazermos livrinhos, cartões, papel de e muito mais”, explica.

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Já a estudante Giovana Ilidia, de 11 anos, conta, animada, um pouco sobre sua experiência na Oficina de Reciclagem. “É importante preservar o meio ambiente e fazer a reciclagem de papéis. Nós aprendemos a fazer coleta seletiva do e separar os materiais que podem ser reciclados além do papel como, metal, vidro e plástico. Agora, muitos colegas não jogam mais lixo no chão, e eu compartilho isso com todos familiares e amigos”, concluiu.

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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