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Exigimos o devido respeito ao corpo diplomático venezuelano no Brasil

Exigimos o devido respeito ao corpo diplomático venezuelano no Brasil

PT condena expulsão de diplomatas venezuelanos do Brasil

O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou nota condenando a decisão do governo Bolsonaro de expulsar a representação diplomática da Venezuela do país. Para o PT, “a decisão demonstra mais uma vez a atual subordinação da diplomacia brasileira aos ditames vindos de Washington e pode ser mais um passo do movimento bélico dos EUA em relação à Venezuela”.

“Defendemos o levantamento do bloqueio e das sanções contra a Venezuela, capitaneados pelos EUA, que dificultam o acesso do país a suprimentos, equipamentos médicos e medicamentos para seu sistema de saúde, impossibilitando até mesmo a compra pelo governo do país e penalizando acima de tudo sua população”, diz um trecho da nota.
Leia a íntegra da nota do PT:
O Partido dos Trabalhadores (PT) e suas bancadas parlamentares no Congresso Nacional condenam expressamente a atitude do governo brasileiro de expulsar todos os diplomatas venezuelanos em serviço no território nacional, dando-lhes até sábado, 2 de maio, para deixar o Brasil.
Esta expulsão foi comunicada por carta do Ministério de Relações Exteriores enviada hoje, quarta-feira, 29 de abril, em caráter de urgência, à Embaixada da República Bolivariana da Venezuela.
A decisão demonstra mais uma vez a atual subordinação da diplomacia brasileira aos ditames vindos de Washington e pode ser mais um passo do movimento bélico dos EUA em relação à Venezuela.
Também contraria nossa independência na área diplomática, desrespeita os anos de história do Itamaraty, órgão brasileiro reconhecido mundialmente. Choca-se com as bases históricas de política exterior de respeitar a soberania e a autodeterminação, contra todo e qualquer tipo de ingerência externa nos assuntos internos de um país.
Some-se a isso a atual situação de pandemia mundial, um momento em que deveríamos colocar as diferenças entre as nações de lado e buscar uma luta ampla e comum a este grave problema que assola todo o mundo.
Defendemos o levantamento do bloqueio e das sanções contra a Venezuela, capitaneados pelos EUA, que dificultam o acesso do país a suprimentos, equipamentos médicos e medicamentos para seu sistema de saúde, impossibilitando até mesmo a compra pelo governo do país e penalizando acima de tudo sua população.
Exigimos do governo brasileiro e do Ministério de Relações Exteriores o devido respeito a todo o corpo diplomático venezuelano no Brasil e que o Itamaraty volta a defender os princípios que sempre foram tão caros à nossa diplomacia.
Partido dos Trabalhadores
Diretório Nacional
29 de abril de 2020.
Fonte: blogdoesmael

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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