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Fala, Lula!

Por: Emir Sader no brasil247

Fala, ! Diz o que você está sentindo do que estão desfazendo do que você cuidou com tanto amor. Fala, diz por que eles fazem isso, contra quem, a favor de quem.

Fala, Lula! Nos deixa ouvir tuas palavras, aquelas a que nos acostumamos, que nos contou como éramos, como passamos a ser, como fomos felizes com um pais menos injusto, como nos orgulhamos de ser brasileiros. Que nos explicou como não era difícil fazer o pais voltar a crescer, distribuindo , atendendo as necessidades de todos.

Fala, Lula! Revela por que eles tem tanto medo de você, das tuas palavras, da tua relação com o povo. Fala do por que eles inventaram tantas mentiras para voltar a desgovernar o Brasil, porque eles se apavoram diante da possibilidade de você voltar a seu lugar natural, as ruas, o meio do povo.

Fala do que você vive ai, nessa masmorra, cercado por gente que nao tem nada a ver com você, que responde à maior injustiça de toda a nossa historia. Fala do teu sentimento de nao poder estar agora presidindo a reconstrução do Brasil.

Mostra como você é a única pessoa que pode fazer com que os brasileiros voltem a se unir. Fala por você, fala por nós, fala pelo Brasil, fala por todos que estão sendo vitimas das brutais medidas antipopulares deste governo impostor. Fala pelos desempregados, pelos que trabalham precariamente, pelos que perdem suas terras, pelos que perde suas casas, pelos que resistem, com dignidade e nas tuas palavras.

Fala por que eles querem tanto essa reforma da previdência, fala como o Brasil cresceu mais de 10 anos sem tirar o direito de ninguém, sem essa reforma da previdência, cresceu atendendo o direito de todos, respeitando o direito e a necessidade de todos os brasileiros.

Fala, Lula! Nos faz sentir de novo em contato direto com você. Nos faz ouvir tuas palavras, a esperança que você sempre semeou em todos nós. Fala para nós, por nós, fala tudo o que você está sentido, qual o futuro pelo qual podemos lutar, de que forma podemos retomar essa luta em que você é o condutor indispensável.

Fala, Lula! Volta, Lula! Continuamos a precisar de você, livre, falando e ouvindo todos os dias. Porque desse contato você se alimenta, nós nos alimentamos.

Fala, Lula! Mostra como só você pode reconduzir o Brasil no caminho da democracia, da , da dignidade, do dialogo. Mostra como são farsantes os que te condenaram sem provas, os que governam mediante falcatruas e mentiras. Mostra como tentam montar um monstruoso policial que busque impedir que o povo expresse, pelo voto, pela democracia, sua decisão sobre o futuro do país.

Querem impedir que um novo 2002 seja possível, querem desanimar as pessoas de que o caminho democrático volte a ser possível, de que a vontade da maioria possa voltar a definir os destinos do Brasil.

Fala, Lula! Fala, diz o que você sentiu nesse ano todo, vitima da injustiça, com você, com o povo brasileiro, com o nosso pais. Fale e vem, Lula, queremos você aqui fora, livre, conosco, com o povo, com tudo mundo que o ama e o respeita, que sabe da sua inocência, da tua honradez, da tua verdade. Fala, Lula, fala, estamos todos loucos pela tua palavra, pela tua , que é a nossa liberdade!

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/colunistas/emirsader/390792/Fala-Lula!

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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