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Fauna Brasileira em cores: Um sonho de exposição na Chapada dos Veadeiros!

Fauna Brasileira em cores: Um sonho de exposição na Chapada dos Veadeiros!

Por: Zezé Weiss

Salve! Pra quem perambula aqui por essas bandas quentes e secas do Planalto Central, tá pra acontecer uma linda novidade lá naquela terra mágica que a gente chama de Alto Paraíso, bem no coração da Chapada dos Veadeiros: Daqui a alguns dias, mais precisamente no dia 29 de setembro, começa a Exposição “Fauna Brasileira em Cores,” do artista cerratense Marcos .

Fauna Brasileira em cores”  é composta por uma coleção de 27 quadros pintados com a técnica acrílico sobre tela, todos de 90 cm x 90 cm, entre os anos de 2017 e 2018. Ao retratar belos espécimens da fauna brasileira com seus filhotes ou em seus ninhos, o artista expressa, em suas próprias palavras, “uma representação do eterno contínuo da vida.”
“Concebi este projeto de diálogo da minha arte com a preservação das espécies para chamar a atenção sobre os impactos da ação humana na natureza, que cada vez mais vem colocando em risco a fauna brasileira e a vida no planeta. É por isso que fiz questão de fazer um quadro para representar os riscos ambientais que acontecem em cada um dos 27 estados brasileiro,” explica o artista.

Em seu conjunto a exposição de Marcos Brasil é uma explosão de tons, do mais suave ao mais vibrante, que se entremeiam  na saudável exuberância de uma artista que sabe traduzir a essência das cores e das formas mais puras. Ali estão os galhos retorcidos das árvores do , a vegetação do bioma onde o artista vive e, a cada dia, se inspira.

Em suas telas emergem as figuras  das crias com suas mães, eixo central dessa fascinante relação entre fauna e flora que vai, ao longo da história desse nosso combalido planeta terra, fazendo acontecer a fé na vida, em uma referência estética que identifica, sem sombra de dúvidas o traço marcante e único deste artista cerratense.

Essa é uma daquelas exposições que vale o esforço de uma viagem, vale mesmo!

Fauna brasileira 1

 

ANOTE AÍ:

Pra quem não puder ir à Chapada dos Veadeiros  para a vernissagem no  dia 29,  18h (Casa da /Instituto Oca Brasil) a exposição fica aberta ao público de quinta a domingo, até 27 de outubro.

 

 

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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