MST: Feira vende 420 toneladas de alimentos saudáveis

Prestação de contas
Também do setor de produção, Milton Fornazieri destacou que o evento cumpriu com os objetivos definidos pelo MST em sua concepção.
“Estamos chegando na reta final da nossa feira e achamos que ela cumpriu muito bem com sua finalidade, com o objetivo que foi proposto. Esperávamos, e estamos cumprindo, que a feira seja um espaço de diálogo com a população paulistana, com a classe trabalhadora de São Paulo e isso vem acontecendo em cada espaço da feira, tanto na Culinária da Terra, na feira em si, na venda dos produtos, bem como nos espaços culturais, durante esses quatro dias”.
Fornazieri informou ainda que os produtos excedentes, que não foram vendidos, serão doados a organizações e entidades paulistas.
O coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, disse que a feira tem sido uma espécie de prestação de contas do MST à sociedade, pelas mais de três décadas de luta do movimento em defesa do direito à terra e à alimentação saudável.
“O mais importante, além desses números, é todo o processo de prestação de contas, dos 34 anos de lutas e conquistas do MST, fomos construindo esses espaços de produção, de organização da produção agrícola, de cooperação. E São Paulo deu uma resposta muito linda, e o povo do MST sai muito feliz daqui, porque passaram nesses dias mais de 260 mil pessoas. E isso por si só é uma demonstração de compromisso dos paulistanos com a alimentação saudável e em defesa a reforma agrária”, afirmou.
Rodrigues se referiu ainda à chamada feira Agrishow, organizada por empresários do agronegócio, e que ocorreu paralelamente à Feira da Reforma Agrária, no interior do estado. “Nós demos uma resposta à feira do ‘agroshow’, que está acontecendo em Ribeirão Preto. Eles montam uma feira que só tem veneno e máquina, trator, e nós montamos uma feira que tem produção, tem alimentos e tem gente. Essa é uma comparação entre dois modelos e reflete a disputa que vai se dar nos próximos anos na sociedade”.
Além da comercialização dos produtos da reforma agrária, 367 artistas se revesaram nos dois palcos em apresentações culturais que lotaram o Parque da Água Branca, entre eles nomes consagrados como Otto, Ana Cañas, Ilê Ayê e a bateria da escola de samba Paraíso da Tuiuti. O show de encerramento conta com a performance de nada mais, nada menos que Martinho da Vila.
ANOTA AÍ:
Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2018/05/06/mais-de-260-mil-pessoas-foram-a-iii-feira-nacional-da-reforma-agraria-em-sao-paulo/