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Para as mães de Formosa, um Feliz Dia!

Para as mães de Formosa, um Feliz Dia!

Por Martha Nunes 

Salve!

Pra você, mãe de Formosa, neste momento tão difícil em que uma pandemia exige de nós o compromisso com o distanciamento social para salvar vidas, junto com o meu abraço virtual, envio os meus votos de um Feliz Dia das Mães.

Aproveito para também compartilhar com você um pouco da minha história, um pouco de quem eu sou.

QUEM SOU EU?

Eu sou mais uma Maria, entre as seis da barrigada de dona Odete Vilas Bôas e de seu Otávio Pereira da Silva, o seu Vico. Maria Martha, a que carrega no nome a tradição familiar de honrar a mãe de Jesus Cristo e um desejo materno de ter uma filha tão bonita como uma miss, a Martha Rocha, que perdeu o Miss Universo por suas famosas duas polegadas a mais.

Não me acho feia por fora, mas minha melhor beleza está no meu interior. De profissão sou professora graduada em História, aposentada pelo Governo do Distrito Federal. E os estudos que fiz, junto com a educação de casa, transformaram-me em uma pessoa inconformada com as injustiças históricas e sociais.

Para mim, é triste e revoltante ver que nós, brasileiros e brasileiras, somos desde sempre pisoteados, maltratados, humilhados pelos que detêm o poder. Mas como diz a poeta: “Mulher é desdobrável”! Eu também sou!

Sou mulher, guerreira, leal, comprometida com as minorias e, se dou minha palavra, faço. Não deixo amigo na chapada. Não nasci em Formosa, mas aprendi a ser uma verdadeira formosense, roedora de pequi. Amo essa terra que há mais de 50 anos me adotou e que adotei como minha!

E é por Formosa que coloco o meu nome como pré-candidata a vereadora pelo Partido dos Trabalhadores (PT) nas próximas eleições. Quero ser a voz feminina empoderada e forte na defesa da educação, da cultura e da acessibilidade. Estou pronta para ir à luta, para enfrentar preconceitos e diminuir diferenças.

Sou mãe, esposa, avó, irmã dedicada, amiga verdadeira, e continuo ensinando e aprendendo – sempre!

Venho de uma família com fama de pessoas decididas, inteligentes, intelectualmente abertas para o novo, preocupadas com os problemas sociais e dispostas a fazer desse nosso microcosmo um lugar melhor e mais feliz. Somos 6 marias e um Luiz.

Amo minha família: meu esposo Paulo, minha filha Sabrina, os filhos Ralph e Rafael, o genro Felipe, as noras Gleice e Kevyllyn, mas sou, sobremaneira, apaixonada pelos meus netos por ordem de chegada a este mundo: Gabriel, Pedro, Juliana, Leandro, Lara Alice e Helena. Nesse universo, incluo ainda meus filhos do coração, Alessandro, já encantado, e Agda.

Como amor não acaba e meu coração é grande, acolho muita gente dentro dele: meus ex-alunos, companheiros e companheiras do exercício do magistério, muita gente… doentes que cuidei e cuido, irmãos e irmãs de fé, pessoas necessitadas de minha querida Formosa.

E tenho um dom que me faz muito feliz, sou costureira de mão cheia e uma artesã apaixonada pelo que faz. Nessas horas, minhas mãos se dedicam a fazer tudo a que me proponho a tornar mais belo. Encanto e faço feliz muita gente!

Gosto de trabalhar com a franqueza e com a transparência dos fatos. No geral sou da paz, aprendi que podemos lutar de muitas maneiras e que a prática política é uma delas. Aliás, uma grande oportunidade de luta, da qual jamais fugi ou fugirei.

Por isso, você vai me ver sempre na resistência, brigando para que o nosso país volte a respirar um clima democrático, para que nossas famílias tenham paz, e para que você, mãe formosense, seja sempre muito feliz.

Por ora é isso.  Feliz Dia das Mães. E se puder, por favor, #FiqueEmCasa!

P.S. Compartilho, abaixo, foto de minhas irmãs e irmão: Gláucia, que depois de tanto tempo também é irmã, Sílvia, Luiz, eu, Iêda, Lúcia e Zezé.

Martha Irmãs

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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