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Fidel, síntese da dignidade humana

Fidel, síntese da dignidade humana

Fidel, síntese da dignidade humana

A história da humanidade tem avançado graças a capacidade de organização e combate dos oprimidos, que ousam enfrentar gigantes, bombas, armas poderosas, ideias irascíveis e o capital, com sua habilidade destrutiva, que faz crescer a miséria e a destruição ambiental que aumenta o sofrimento e a dor aos povos que não se libertaram ainda do julgo do capitalismo…

Por Pedro César Batista

Cuba pelo contrário, é desses povos que mostra ao mundo como a união, organização e consciência de classe possibilitam fortalecer o ideal de justiça, igualdade, dignidade e soberania e construir uma nação livre e independente, verdadeiramente soberana.

Isso não foi ao acaso. Não é fruto do abstrato. Desde o assalto ao Quartel Moncada, quando se lançou a centelha da revolução, Fidel Castro passou a sintetizar o sentimento de rebeldia e ousadia do povo herdeiro de José Martí.

Quando Fidel uniu algumas dezenas de revolucionários, capazes de subir a Sierra Maestra, mesmo tendo sofrido um bombardeio aéreo quando o Granma chegava em terra, foi como se uma labareda se alastrasse pela Ilha, que anos depois mostrou ao mundo a luz e a esperança da construção de uma sociedade digna.
A vida de Fidel Castro se confunde com a história da Revolução Cubana. Sua coragem, lucidez e capacidade de elaborar táticas e estratégias comprovam ao mundo que seu exemplo segue vivo.

Fidel não morreu, partiu para outro plano físico, mas seus ideais, exemplo e conquistas seguem animando mulheres, homens, jovens e crianças em Cuba e em todo o planeta, neste tempo em que a besta fera do nazifascismo ressurge, com a burguesia se utilizando do que há de mais sádico e ruim da espécie humana para seguir explorando a classe trabalhadora e destruindo a vida em todas as suas formas.

O povo cubano enfrentou os ataques terroristas do império do norte, permanentes sabotagens, o criminoso e mais longo bloqueio econômico que a humanidade conhece, os ataques cibernéticos e uma poderosa campanha de mentiras, vencendo todas as batalhas. E segue vencendo.
A capacidade do Comandante em Chefe em forjar a unidade do povo e das forças organizadas de Cuba fizeram possível a revolução, que segue avançando, com a superação de suas dificuldades, resultado do espírito revolucionário e elevada criatividade coletiva.

O exemplo de Fidel Castro segue vivo. Cada cidadã ou cidadão cubana é um Fidel Castro, dedica-se a construir uma sociedade emancipada plenamente e justa, a garantia de seguir avançando rumo a um Poder cada vez mais Popular, organizado, armado em ideias e com organização revolucionária para derrotar qualquer inimigo.

O imperialismo tentou assassinar o comandante centenas de vezes, em cada uma delas Fidel e o povo cubana ficaram mais fortes, mais unidos e mais dispostos a seguir a gloriosa jornada da verdadeira liberdade, que somente o socialismo possibilita.

Somos todos Fidel Castro, acreditamos e aprendemos com seus ensinamentos, com a sua história e a sua capacidade de unir, sintetizar e mostrar o caminho da vitória da Revolução Socialista.

Sempre Fidel!
Pátria ou Morte!
Venceremos!

Pedro César Batista – jornalista, secretaria executiva do Comitê anti-imperialista general Abreu e Lima

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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