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Foi no improviso, sempre fui de improvisar as minhas falas

Foi no improviso, sempre fui de improvisar as minhas falas

Alzira Rufino

Foi no improviso, sempre fui de improvisar as minhas falas.

Estou com vontade de falar o que me aflige, se for parar para pensar onde colocar os pingos, o bicho

pode pegar desavisados

Estou com vontade de falar o que me aflige, se for parar para pensar onde colocar os pingos, o bicho pode pegar desavisados

Mas como para um bom entendedor(ra) um pingo é letra…. A miséria intelectual é tão nociva quanto a .

Quem atua e convive com as comunidades pobres sabe que por não possuírem acesso à internet, os estudantes pobres ficarão à margem do acesso à aprendizagem através do controle remoto. É HORA de colocar a cabeça pra PENSAR em como poderão estar transformando isso. Só para exemplificar: Enquanto grupos do que atuavam partidariamente junto aos parlamentares para aprovação de Cotas, paralelamente, o Movimento que atua mais próximo às comunidades atuava com lideranças comunitárias ,e, juntos encontraram uma Proposta revolucionária com a criação dos Núcleos do Educafro.

Sabiam que tinham que elaborar estratégias para que as comunidades carentes, entrassem nas universidade. Por isso que fico muito brava com quem critica o Grupo do Educafro que criaram o Pré- Vestibular pra Negros e Carentes . Faz , hein? Ao mesmo tempo, outros grupos do Movimento Negro se revezavam sensibilizando grupos empresariais do Objetivo para concederem “algumas bolsas para alunos negros, idem, as Ongs de Negras que custeavam faculdades particulares para quem não passava nos vestibulares das federais.

Como podem perceber, um todo que mesmo com suas diferenças de atuação o objetivo era um só possibilitar o acesso de jovens negros e pobres ao ensino superior. Era preciso reforço para passarem no antigo Vestibular. Com respeito à Pandemia assistimos o belo desempenho dos Jovens Negros, assim como a ação alguns artistas que fizeram e outros que continuaram fazendo nas comunidades pobres ações de higienização e distribuição de para não permitir que as comunidades pobres morressem e morram de fome.

O empreendedorismo negro também fez a sua parte e unificam estratégias de superação do desemprego. Indígenas, negros de mais pobres não querem as heranças, nem assaltar riquezas de quem tem, só almejam emprego e ações afirmativas governamentais para o ACESSO à IGUALDADE DE oportunidades.

Como fazer? Existe gente sensível e boa no Congresso bom seria se fosse também um Congresso composto pela mestiçagem, não é isso? Não somos um país aculturado e miscigenado? Qual seria a causa de só em época pré-eleitorais, lembrarem dos pretos e pardos? Pensem!

O mundo mudou galerinha , galerona e gente das GALERIAS. Já deu! Não possuem poder para nos destruir. A estratégia está mudando e todos sabem disso. Observamos em determinadas ocasiões os empresários envergonhados de ver as ações comunitárias de quem nada tinha repetindo as nossas iniciativas e atenderam ao chamado passando a apoiar pobres.

Para tanto, foi preciso um outro olhar para conscientizar o que já sabiam que a massa pobre sem trabalho levaria os os empresários a bancarrota. Sei que aqui nesta página não existe leigos ou desinformados, só enfatizando para que pensem como poderemos incluir as e jovens para o acesso ao ensino à distância; caso contrário tudo voltará a estaca zero.

Pensem que muita gente morreu e deu a para que ocorressem mudanças. Nada foi de graça para nós. Vamos começar acertar, comunidade? Reúnam-se remotamente com as suas livre para discutir ações. Ouçam também quem pensa e reside na Favela, na Periferia, nos Becos e nas Vielas e nos puxadinhos. Esse povo revolucionará a forma de agir e lhes darão a solução. Sem politicagem, por favor, cheguem, se aproximem, o povo não é bobo, tampouco inculto.

Acesso ao EAD. Existe solução. Esse ano letivo já se perdeu. Como não pensaram ainda em modificar o calendário escolar? O mundo mudou e as políticas educacionais não podem se alienar, não dá pra ficar esperando que os governos resolvam sozinhos. E aí, como estão as negociações com o Congresso?

Não é só tentar resolver pedindo doação celulares, não existe nenhum governo que possa doar notebook para cada estudante. E onde ficam as Sociedades de Melhoramentos? Como resolver a questão das mães que trabalham e das aulas presenciais? Como alternar a carga horária. Se ficarem esperando “milagres”, nada acontecerá.

A miséria intelectual é tão nociva quanto a fome. A ação de um grupo fortalece a outra, mesmo que atuem com campos diversos, o objetivo tem que ser o mesmo. O importante é a estratégia para se resolver a questão de como inserir os pobres na à Distancia – EAD.

Não precisamos de salvadores, nem salvadoras. O Messias não vem do céu fazer o que podem fazer. Engana-se que liderança de massa irá chamar o povo para resolver. Sabemos que a do brasileiro sempre valorizou e se habituou com o populismo, quem pensa assim sae que sempre estivemos por nossa própria conta e risco. PENSEM!

Fonte: Facebook

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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