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FORD 1920, MODELO T: O PRIMEIRO CARRO A CHEGAR EM FORMOSA

Ford 1920, Modelo T: O primeiro carro a chegar em Formosa

Ford 1920, Modelo T: O primeiro carro a chegar em Formosa 

Imaginem a euforia da cidade interiorana… o povo todo acompanhando aquele importante prenúncio de modernidade. Conheça como aconteceu o grandioso evento…

Por Alfredo A. Saad

Foi um automóvel idêntico a esse que a sociedade formada por Pedro Chaves, Olympio de Mello Álvares, Olympio Jacyntho e Veridiano de Campos adquiriu em São Paulo “para ser utilizado em passeios à Lagoa Feia”.

O carro, o primeiro a chegar a Formosa, viajou em trem de ferro até Ipameri, então, o ponto final da linha da Estrada de Ferro Goiás. Depois, dirigido pelo chauffeur, sr. Adolph Hertz, percorreu o trajeto Ipameri-Formosa, seguindo pela antiga estrada de carros de bois.

Essa estrada passava pelo divisor de águas do rio São Bartolomeu até Santa Luzia e daí, cortando os rios Bananal e Torto, alcançava Formosa, via Planaltina.

Daí a pouco tempo, apenas um ano depois, esse último trecho converteu-se na estrada de rodagem Formosa-Santa Luzia, após os trabalhos de nivelamento, construção de mata-burros e adaptação realizados.

Além do motorista, chegaram em Formosa, no dia 23 de julho de 1920, viajando no primeiro automóvel, o coronel Evangelino Meirelles (deputado estadual) e o Dr. José Lourenço, advogado morador em Santa Luzia.

Alfredo A. Saad – Professor e Pesquisador, falecido em 2011, em “Álbum de Formosa – um ensaio de história de mentalidades”, originais encontrados entre seus papéis e publicado pela família em 2013.

 

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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