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cordel do sertão alado

Cordel do Sertão Alado no Céu das Artes

Cordel do Alado no Céu das Artes

Repleto de comicidade e musicalidade, o  Cordel do Sertão Alado é um espetáculo escrito, produzido e realizado por artistas brasilienses em   ao sertão, seu povo, seus costumes e seu bioma.
 
Cordel do Sertão Alado será apresentado no Espaço Céu das Artes, em Formosa, Goiás, no dia 23 de setembro. Haverá duas sessões: uma às 16h e outra às 19h, ambas com entrada franca e livres para todas as idades.
 
 
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O musical “Cordel do Sertão Alado” é o resultado de um processo de pesquisa do Coletivo Artístico Esses Nós, elaborado, produzido e executado totalmente por acadêmicos dos vários segmentos das Artes.
 
Estudantes de Artes Cênicas, Artes Plásticas e Música, da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes – FADM, da de Brasília – UnB, da de Música de Brasília e Centro Universitário Clarentiano, se reúnem neste que nasce como uma grande homenagem ao homem, à cultura, ao ambiente e, até mesmo, ao bioma sertanejo, presente no nosso imenso país-continente.
 
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O texto, uma comédia-romântico-popular-quase-clichê, apresenta a cidade fictícia de Cabrobró num dia de quermesse, seus moradores e seus visitantes, revelando tipos bem característicos se relacionando em uma farsa envolvente e intrigante repleta de musicalidade.
 
O enredo acompanha, de forma lúdica e divertida, a história, repleta de elementos de representatividade sertaneja, de duas irmãs e seus amores impossíveis: o espontâneo e repentino relacionamento de Sabiá, um artista itinerante, e Sofrê, a filha do influente fazendeiro, que não quer casar-se; E o insistente caso de Carcará, o valentão e descendente prodígio de um Coronel, e a apaixonada Nambu.
 
 
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O espetáculo traz músicas que relatam o cotidiano sertanejo por meio de suas letras. Já as coreografias estão embebidas da tradição junina, representando as quadrilhas, outro elemento fortemente relacionado à celebração sertaneja em nosso país.
 
Mais informações poderão ser encontradas na página do evento no Facebook:
 
 
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Réquiem para o Cerrado – O Simbólico e o Real na Terra das Plantas Tortas

Uma linda e singela história do . Em comovente narrativa, o Altair Sales nos leva à vida simples e feliz  no “jardim das plantas tortas” de um pacato  povoado  , interrompida pela devastação do Cerrado nesses tempos cruéis que nos toca viver nos dias de hoje. 
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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