Frases sobre a Natureza

SABEDORIA: 7 FRASES SOBRE A NATUREZA E A VIDA

Sabedoria: 7 frases sobre a natureza e a vida 

Ao longo de décadas, séculos, milênios, na verdade ao longo de tempos imemoriais frases de pensadores, ou ditos populares, vão se consolidando no imaginário popular como sábias frases sobre a natureza que ajudam a moldar o comportamento da raça humana.

Por Eduardo Pereira

Fazemos, aqui, uma pequena e eclética seleção de fases sobre a natureza de grandes pensadores: o grande poeta e escritor Fernando Pessoa; o filósofo Immanuel Kant; o mestre da resistência pacifista Mahatma Gandhi; o filósofo Aristóteles.

Nessa seleção não podia faltar alguns ditados, escolhemos dois –  um índígena e um romeno –  e, também, Chico Mendes, o líder sindicalista e ambientalista brasileiro, assassinado no estado do Acre, no coração da Amazônia brasileira, por defender a floresta amazônica e os povos que nela vivem.

Confira abaixo 7 das frases sobre a natureza e vida:

1. Provérbio Indígena

“Só quando a última árvore for derrubada, o último peixe for morto e o último rio for poluído é que o homem perceberá que não pode comer dinheiro.”

2. Fernando Pessoa, poeta

Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.”

3Immanuel Kant, filósofo

Podemos julgar o coração de um homem pela forma como ele trata os animais.”

4. Mahatma Gandhi, pacifista

“A natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a sua ganância.”

5. Aristóteles, filósofo

“Se vive de acordo com as leis da natureza, nunca serás pobre; se vives de acordo com as opiniões alheias, nunca serás rico.”

6. Ditado Romeno

“O lobo poder perder os dentes, porém sua natureza jamais.”

7. Chico Mendes, Sindicalista e Ambientalista

“No começo pensei que estivesse lutando para salvar as seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a floresta Amazônia. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade.”

Fonte: Pensador. Mais frases aqui.

Esta é, como todas, uma seleção incompleta, feita pra gente ir completando juntos. Mande a sua frase ou ditado preferido para o nosso e-mail: contato@xapuri.info. Com sua parceria, vamos juntar uma bela coleção de ditos frases lindas sobre a vida e sobre a natureza. Mãos-à-obra!

OS RIOS AÉREOS DA AMAZÔNIA

A preocupação com o desmatamento da Amazônia não deve ser apenas dos povos da floresta. Os mais respeitados estudos sobre mudança climática informam que a Amazônia é decisiva para a fertilidade das terras do Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil, além do norte argentino. Tudo por causa da umidade transportada para essas regiões.
Por Felício Pontes Jr.
Sobre o prosear com a natureza: “Qual é o problema?”
O professor Antonio Donato Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apresentou no final de 2016 um trabalho em que faz a revisão de mais de 200 estudos sobre o clima e a Amazônia. Denominado O futuro climático da Amazônia, o relatório é um alerta impressionante sobre as consequências da destruição de nossa maior floresta.
Um dos segredos revelados é que no Brasil, ao contrário de outros países, não existem desertos na faixa do Trópico de Capricórnio (Centro-Sul). O motivo para a manutenção de círculos hidrológicos amigáveis nessa região é a Floresta Amazônica.
Basta olhar para o lado, onde o poder regulatório da umidade amazônica não chega por causa da barreira natural dos Andes. Ali está o deserto do Atacama, no Chile. Na mesma faixa ficam as maiores cidades do Brasil: São Paulo e Rio de Janeiro.
No relatório, o ecossistema amazônico é definido como uma bomba biótica, impulsionando umidade pelo céu do país e funcionando como o coração do ciclo hidrológico.  São os chamados “rios aéreos”, que despejam mais água no Centro-Sul do Brasil do que o rio Amazonas despeja no Oceano Atlântico.
Para o cientista, é preciso um esforço urgente para reverter a destruição do ecossistema amazônico.
Felício Pontes Jr. – Procurador da República. Autor livro “Povos da Floresta Esperança”, Repam-Paulinas, 2017.
Natureza, Ailton Krenak

SABEDORIA

Desde que tudo me cansa,
Comecei eu a viver.
Comecei a viver sem esperança…
E venha a morte quando
Deus quiser.
Dantes, ou muito ou pouco,
Sempre esperara:
Às vezes, tanto, que o meu sonho louco
Voava das estrelas à mais rara;
Outras, tão pouco,
Que ninguém mais com tal se conformara.
Hoje, é que nada espero.
Para quê, esperar?
Sei que já nada é meu senão se o não tiver;
Se quero, é só enquanto apenas quero;
Só de longe, e secreto, é que inda posso amar. . .
E venha a morte quando Deus quiser.
Mas, com isto, que têm as estrelas?
Continuam brilhando, altas e belas.
José Régio, in ‘Poemas de Deus e do Diabo’
funcaopoetica cke
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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