No triplex que nunca foi do Lula, nunca teve reforma

No triplex que nunca foi do , nunca teve reforma, nem luxo, nem nada

Vídeo publicado pelo MTST na manhã desta segunda-feira, 16 de abril, depois de ocupar e fotografar as dependências do triplex do Guarujá, revela que o imóvel que, pelas aparências, nunca teve reforma. Mais uma vez, fica provada a inocência de Lula, que segue preso sob o mando do carrasco de Curitiba. 

O triplex foi usado como evidência de propina para condenar Lula a 12 anos e um mês de prisão. Segundo OAS, teriam investidos 1,2 milhão só na reforma para presentear o apartamento a Lula. O que se encontrou foi um apartamento com poucos e parcos móveis de baixa qualidade, e nenhum sinal de reforma, nem um único indicador de luxo.
 
Somente na reforma da cozinha Lula teria recebido benfeitorias no valor de mais de R$342 mil, incluindo a instalação de eletrodomésticos e móveis personalizados. Mais de R$8 mil teriam sido gastos na compra de fogão, micro-ondas e geladeira. Nada disso foi encontrado pelo MTST. As fotos disponíveis amplamente nas , comprovam que a reforma foi uma falácia inventada apenas para condenar Lula sem provas.
 
 
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 O vídeo demonstra um apartamento que não parece ter passado por reforma nenhuma. O termo “triplex” vinha sendo usado pejorativamente para designar um apartamento maior e mais luxuoso do que é visto nas imagens postadas pelo MTST.
 
Em laudo de perícia da Polícia Federal (em baixo), o valor dos móveis dentro do apartamento é descrito como sendo de R$320 mil e o valor dos eletrodomésticos de mais de R$19 mil. O apartamento, como pode ser visto no vídeo, carece de decoração, móveis luxuosos e eletrodomésticos caros.
 
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Segundo o colunista Luis Felipe Miguel sobre o ‘triplex do lula’ “Qualquer um que veja aquele apartamento no Guarujá, o pequeno  apartamento real, não a opulenta fantasia que o noticiário alimentou por anos, e o compare com a dimensão e histórica de Lula precisa admitir: a hipótese de que ele foi corrompido é profundamente descabida.”

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Triplex do Guarujá encalha em leilão provido pela Justiça

Por Monica Bergamo/Brasil 247  – 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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