Genocídio Manauara III – POEMA SUFOCADO
Por Maria Félix Fontelle
O monstro saiu do pântano
Atacou os quatro elementos
Com sua dança apocalíptica
Invadiu a terra, a água e o ar
A confundir Éolo e todos os ventos
A mais cruel manifestação da morte
Em banquetes às salamandras do palácio
Espalha fogo e fumaça no pulmão da gente
Não, isso não é faz de conta
É um poema sufocado
Um grito incontido de dor
Diante das vidas asfixiadas
POEMA SUFOCADO continuar a nos mostrar indignação. Traz uma dor, um grito e confirma que estamos embolados numa terrível ventania. É fogo! É ar! É terra. É água revolta. Segurem este monstro: queremos respirar.
Maria Félix Fontele é jornalista e escritora. É autora dos livros Versos que me habitam (poesia/2018) e O barulho, o silêncio e a solidão de Deus (prosa/2021), ambos pela Confraria do Vento Editora (RJ). Colaboradora convidada pela ALANEG/RIDE – Academia de Letras e Artes do Nordeste Goiano.
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