O garimpo e a marcha para o Oeste
A ocupação de Goiás e suas bases econômicas: O garimpo e a marcha para o Oeste
Do mesmo modo que em outras regiões do Brasil, a história da chegada dos brancos nos territórios indígenas da Região Centro-Oeste teve forte motivação econômica. Estimulados pela Coroa Portuguesa, os bandeirantes imprimiram a marcha para a conquista de novas fronteiras em busca do ouro, da prata e das pedras preciosas.
Os caçadores de esmeraldas trouxeram os escravizados, muitos dos quais já habituados à atividade extrativista, que tinham experiência obtida nas “Minas Gerais” ou traziam as técnicas do continente africano, dos seus lugares de origem.
É importante salientar que o grosso do conhecimento sobre mineração e metalurgia utilizado na empresa colonial na América provinha das civilizações ameríndias e africanas. Muitos africanos que vieram para este território já eram mestres do achamento e trato dos metais.
Em meados do século XVIII, os assentamentos para o estabelecimento dos garimpos já se faziam presentes em grandes áreas do interior goiano, estendendo-se até o Mato Grosso. Seguindo o leito dos rios, principal vertente do extrativismo, as expedições bandeirantes adentraram a região Centro-Oeste, deixando um rastro de pequenos ranchos e áreas de cultivo que serviriam, mais tarde, como embrião de uma rede de arrais e vilas.
Margeando os rios, foram paralelamente sendo abertas estradas e, em face da demanda por animais, alimentos e toda sorte de utensílios para sobrevivência, foi-se consolidando uma rede de abastecimento que interligava a região Centro-Oeste às demais. Da região Sul, provinha principalmente o gado e as mulas, da Bahia, a maior parte dos alimentos, além de gado. Do Rio de Janeiro, para onde ia o grosso do ouro rumo à Metrópole, vinha a maior parte da mão de obra escravizada.
A atividade extrativista exigiu a presença de grande quantidade de pessoas escravizadas. A mineração, sobretudo a de leito de rio, forma mais presente na região, pressupunha por vezes trabalhos de mudança de curso das águas, o que demandava a presença de muitos trabalhadores.
Além disso, a crescente produção de ouro e diamante suscitou de parte da Coroa Portuguesa a montagem de uma vigorosa estrutura administrativa e regulamentadora, trazendo para o interior do Brasil um contingente de funcionários públicos, responsáveis pela segurança, a ordem e a arrecadação de tributos.
Excerto do livro “A verdade sobre a Escravidão Negra no Distrito Federal e Entorno”. Sindicato dos Bancários. 2017
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