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HORTA GIRASSOL: PROJETO UNE PRÁTICAS AMBIENTAIS E DESENVOLVIMENTO DA PESSOA

HORTA GIRASSOL: PROJETO UNE PRÁTICAS AMBIENTAIS E DESENVOLVIMENTO DA PESSOA

Horta girassol: Projeto une práticas ambientais e desenvolvimento da pessoa na EC 410 Sul

O Projeto Horta Girassol, da Escola Classe 410 Sul de Brasília (EC 410 de Brasília), no Plano Piloto, é uma atividade pedagógica que une práticas ambientais ao desenvolvimento cidadão dos(as) estudantes. O projeto foi idealizado pela professora Amenayde Pereira Leite Prates, que atua na escola desde 2010, lecionando para o Ensino Fundamental, e ingressou na Secretaria de Estado da Educação (SEE-DF) em 2000. A primeira edição do projeto Horta Girassol foi realizado no segundo semestre de 2023 e, este ano, foi aperfeiçoado. Professora de Atividades, Amenayde leciona para turma do 3° Ano do Ensino fundamental, com estudantes na faixa etária entre 8 e 9 anos. Ela conta que a ideia de elaborar o Horta Girassol surgiu após ela participar do projeto Parque Educador no Monumento Natural Dom Bosco. Na ocasião, ela aprendeu sobre a preservação ambiental, a importância das plantas e animais do Cerrado e os benefícios medicinais de diversas espécies brasileiras. Inspirada por essa experiência, Amenayde desenvolveu a ideia de integrar essas aprendizagens ao cotidiano dos(as) estudantes.

“No ano passado a minha turma do 2o Ano participou do Projeto Parque – Educador no Monumento Natural Dom Bosco, ocasião em que conhecemos a importância da preservação do meio ambiente, das plantas e dos animais do Cerrado e, principalmente, acerca da horta e das plantas medicinais. No fim desse projeto, prometi aos meus alunos que faríamos uma horta em nossa escola, uma vez que tínhamos três canteiros sem usos. E assim fizemos: no ano passado plantamos girassóis. Este ano, continuei com a turma, que, agora, está no 3o Ano, e colocamos em prática o que aprendemos. Além de estudar o conteúdo, podemos enriquecer o lanche da escola com coentro, tomate, alface, cenoura e algumas plantas para chás”, afirma a professora.

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O PROJETO

Voltado para uma turma de 3o ano com crianças entre 8 e 9 anos, o projeto visa unir os conteúdos das disciplinas de ciências, geografia, português e artes com atividades práticas relacionadas ao cultivo de uma horta escolar. Os alunos são envolvidos em todas as etapas do processo, desde o preparo do solo até o manejo das plantas, aprendendo sobre germinação, controle de pragas e o ciclo de vida das plantas, além das mudanças no meio ambiente com as estações do ano. O projeto proporciona aos(às) estudantes uma reflexão sobre o impacto das ações humanas no meio ambiente, promovendo a compreensão sobre a interação entre espaços urbanos e rurais e incentivando a valorização da preservação ambiental. Além disso, contribui para a melhoria das refeições escolares ao agregar valor à alimentação saudável. A implantação do projeto é um sonho antigo da gestora Nathália Jacinto Santana, que busca integrá-lo ao Projeto Político Pedagógico da escola e expandi-lo para outras turmas, com o objetivo de incorporar a horta como parte da identidade escolar. A escola já possui canteiros na lateral da unidade, que, até então, não eram utilizados para práticas pedagógicas.

O Horta Girassol está alinhado com o Currículo em Movimento da Secretaria de Educação, que enfatiza o desenvolvimento da identidade e a alteridade das crianças, além do respeito e valorização da diversidade humana. O projeto reforça a importância do cuidado com o meio ambiente e com os outros, promovendo a autonomia, a autorregulação das emoções e a cooperação entre os alunos. De acordo com o Currículo em Movimento, “o cuidado com os outros e com o meio ambiente, o pertencimento e a responsabilidade com as pessoas, os animais, a natureza e o planeta são aspectos fundamentais da educação, ressaltando a importância das interações com a natureza e a sociedade”. O Horta Girassol não só oferece uma rica experiência pedagógica, mas também fortalece os valores de respeito e preservação entre os alunos, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e comprometidos com o futuro do nosso planeta.

Por Sinpro-DF

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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