Iemanjá: Rainha do mar, das sereias e dos encantados. Odoyá!
Iemanjá, uma das divindades mais queridas e protetora do mar, tem uma história super curiosa.
Protagonista de milhões de lendas, Iemanjá se multiplica em várias versões e se transforma de acordo com a cultura. Chegou ao Brasil nos tempos coloniais, trazida pelos escravos. Em terras africanas era a deusa do rio Ogun, rainha das águas doces.
“Entre nós, ela se tornou a rainha do mar“, explica o antropólogo. Os cabelos negros, os traços delicados e os seios fartos sintetizam na bela divindade o arquétipo da maternidade. Pois é esse seu grande valor: acolher a todos que lhe pedem ajuda, sem julgar nem minimizar a dor de ninguém. Isso lhe vale mais um título, o de deusa da compaixão, do perdão e do amor incondicional.
Um pouco de história….
O nome Iemanjá significa a mãe dos filhos-peixe. Filha de Olokum, Iemanjá foi casada com Oduduá, com quem teve dez filhos orixás. Por amamentá-los, seus seios ficaram enormes. Infeliz com o casamento e cansada de morar na cidade de Ifé, um dia ela saiu em rumo ao oeste e conheceu o rei Okerê, por quem se apaixonou. Envergonhada de seus seios, Iemanjá pediu ao novo esposo que nunca a ridicularizasse por isso. Ele concordou. Porém, um dia, embriagou-se e começou a ofender a esposa. Entristecida, Iemanjá fugiu.
Desde menina, ela carregava um pote com uma poção que o pai lhe dera para casos de perigo. Durante a fuga, Iemanjá caiu quebrando o pote e a poção a transformou num rio cujo leito seguia em direção ao mar. Okerê, que não queria perder a esposa, transformou-se numa montanha para barrar o curso das águas. Iemanjá pediu ajuda ao filho Xangô e este, com um raio, partiu a montanha no meio. O rio seguiu para o oceano e, dessa forma, a orixá tornou-se a rainha do mar.
Adendo Xapuri : A imagem de Iemanjá branca, como a maioria das pessoas possui em seu imaginário, tem raízes no processo de colonização do Brasil, que impôs uma visão de superioridade europeia sobre os povos indígenas e africanos. Por ser africana, Iemanjá é negra e muito bela. É sob essa visão que o povo de Nação, o povo dos terreiros a contempla e venera.
Fonte: M de Mulher e youtube.com





