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Ilha das Flores: O melhor curta brasileiro

Ilha das Flores ocupa o primeiro lugar da lista dos melhores curtas brasileiros  contando a história de um aterro sanitário em Porto Alegre, desde o comércio de legumes até o consumo, o descarte e o destino do lixo doméstico entre porcos e pessoas que vivem às margens do lixão da capital gaúcha. 

Por Juliana Varella

Ilha das Flores tem apenas 13 minutos, mas são alguns dos minutos mais famosos do cinema brasileiro. Estudado há trinta anos em aulas de assuntos tão diversos quanto biologia, consciência ambiental, jornalismo e cinema, em escolas e faculdades, o curta-metragem documental de Jorge Furtado enfim ganhou oficialmente um título que já carregava no boca-a-boca: o de “melhor curta-metragem brasileiro de todos os tempos”.

Quem o concedeu a honraria, no mês de maio do ano de 2019, foi a Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Abraccine, que realizou uma votação entre críticos, professores e pesquisadores de diversas regiões do país como parte de um projeto que culminará no livro Curta Brasileiro – 100 Filmes Essenciais, produzido em parceria com o Canal e a editora Letramento.

A publicação apresenta ensaios sobre uma centena de produções feitas no país, em várias épocas, escolhidas a partir de uma votação realizada no início de 2019 por associados da Abraccine e convidados. O livro foi lançado em São Paulo, em outubro de 2019.

Organizado por Gabriel Carneiro e Paulo Henrique Silva, o livro conta ainda com 23 artigos históricos que percorrem a trajetória do formato desde a realização dos cinejornais, no início do século XX, passando pela consagração internacional com filmes como Ilha das Flores, de Jorge Furtado – que completa 30 anos de lançamento em 2019 e foi eleito o melhor curta-metragem brasileiro de todos os tempos. Cada texto é assinado por um autor diferente, o que faz com que a publicação reúna nomes importantes da crítica e do pensamento sobre cinema no Brasil e no exterior.
Curta Brasileiro completa a coleção que conta com os títulos 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016), Documentário Brasileiro: 100 Filmes Essenciais (2017) e Animação Brasileira: 100 Filmes Essenciais, produzida pela Abraccine, Canal Brasil e Editora Letramento.

O estudo sobre filmes curtos completa a coleção 100 Melhores Filmes, que já conta com exemplares sobre o cinema brasileiro em geral, o documentário e a animação nacionais. A lista também contempla nomes como , com o curta Di (1977), e Andrea Tonacci, com seu Blablablá (1968). A obra mais recente no compilado de 100 títulos é Guaxuma, de Nara Normande, lançado em 2018.

Fontes: Veja /Brasil247/ Canal Brasil com edições Xapuri. Imagens: Divulgação/Canal Brasil.


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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