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INDÍGENAS SIOUX E A BELA ORAÇÃO

INDÍGENAS SIOUX E A BELA ORAÇÃO

Oração dos Indígenas Sioux

Esquecemos de agradecer à terra, que nos deu nosso lar.

Esquecemos de agradecer aos rios, lagos e oceanos, que nos dão suas águas.

Esquecemos de agradecer às árvores, que nos dão frutos e sementes.

Esquecemos de agradecer ao vento, que nos traz a chuva para molhar as plantas.

Esquecemos de agradecer ao sol, que nos dá calor e luz.

Todos os seres da Terra – as árvores, os animais, o vento e os rios dão-se uns aos outros.

Portanto,  tudo está em equilíbrio.

Esquecemos nossas promessas para começar a aprender como permanecer em equilíbrio com toda a Terra.

Achado do ambientalista Rubens Harry Born, que indica como fonte: Sidur para receber o Shabat, Comunidade Shalom, São Paulo, 2002 , página 11. 

SOBRE OS ÍNDIOS  SIOUX

O povo Sioux, ou Dakota, que é como se autodenomina, também conhecido como  Lakota, Teton, Titunwan (moradores da pradaria) e Teton  (serpente ou inimigo) é um povo que, desde tempos imemoriais, habita as planícies localizadas entre os rios Missouri e Mississipi, nos .

Os Dakota fazem parte de uma confederação de Sete Tribos Sioux (a Grande Nação Sioux ou os Sete Fogos do Conselho) e falam o idioma Dacota, um dos três principais dialetos da língua Sioux. O nome Sioux, relacionado com a expressão “serpente” lhes foi dado por serem considerados ótimos de guerra.

Os Sioux eram grandes agricultores e caçadores. Plantavam o milho e caçavam grandes animais, como  os  búfalos e os bisões, dos quais compartilhavam a carne entre todas as famílias da aldeia. Os ossos, usavam para fazer artesanato e fabricar armas. Já o couro, era utilizado para a confecção de roupas e tendas.

No início dos anos 1800, os Sioux constituíam uma civilização numerosa e complexa, com mais de 170 tribos reconhecidas. Com a Independência dos Estados Unidos, em 4 de julho de 1776, houve grande conflitos com os índios. Os Dakota resistiram por um longo tempo. Hoje, porém, vivem  em pequenos grupos nos estados norte-americanos de Dakota do Norte e Dakota do Sul.

Uma das maiores contribuições dos  Sioux para as gerações presentes e futuras foi sua filosfia, expressada em versos, poemas, frases e citações diversas, em especial sobre a relação do ser humano com nossa a única morada, o planeta Terra.  Os Sioux deixaram consolidados parte de seus ensinamentos em um código de conduta, conhecido como “As 20 Leis dos Sioux”:

  1. Levante com o Sol para orar – Ore sozinho. Ore com frequência. O o escutará você, ao menos, falar.
  1. Seja tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho – A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e avareza, originam-se de uma alma perdida. Ore para que eles encontrem o caminho do Grande Espírito.
  1. Procure conhecer-se, por si próprio – Não permita que outros façam seu caminho por você. É sua estrada, e somente sua. Outros podem andar ao seu lado, mas ninguém pode andar por você.
  2. Trate os convidados em seu lar com muita consideração – sirva-os o melhor alimento, a melhor cama e trate-os com respeito e honra.
  1. Não tome o que não é seu – Seja de uma pessoa, da comunidade, da natureza, ou da . Se não foi ganhado nem foi dado, não é seu.
  1. Respeite todas as coisas que foram colocadas sobre a Terra – Sejam elas pessoas, plantas ou animais.
  1. Respeite os pensamentos, desejos e palavras das pessoas – Nunca interrompa os outros nem ridicularize, nem rudemente os imite. Permita a cada pessoa o direito da expressão pessoal.
  1. Nunca fale dos outros de uma maneira má – A energia negativa que você colocar para fora no universo, voltará multiplicada a você.
  1. Todas as pessoas cometem erros – E todos os erros podem ser perdoados.
  1. Pensamentos maus causam doenças da mente, do corpo e do espírito – Pratique o otimismo.
  1. A natureza não é para nós, ela é parte de nós – Toda a natureza faz parte da nossa família Terrena.
  1. As crianças são as sementes do futuro – Plante amor nos seus corações e águe com sabedoria e lições da vida. Quando forem crescidos, dê-lhes espaço para que cresçam.
  1. Evite machucar o coração das pessoas – O veneno da dor causada a outros, retornará a você.
  1. Seja sincero e verdadeiro em todas as situações – A honestidade é o grande teste para a nossa herança do universo.
  1. Mantenha-se equilibrado – Seu mental, seu espiritual, seu emocional, e seu físico, todos necessitam ser fortes, puros e saudáveis. Trabalhe o seu físico para fortalecer o seu mental. Enriqueça o seu espiritual para curar o seu emocional.
  1. Tome decisões conscientes de como você será e como reagirá – Seja responsável por suas próprias ações.
  1. Respeite a privacidade e o espaço pessoal dos outros – Não toque as propriedades pessoais de outras pessoas, especialmente objetos religiosos e sagrados. Isso é proibido.
  2. Comece sendo verdadeiro consigo mesmo – Se você não puder nutrir e ajudar a si mesmo, você não poderá nutrir e ajudar os outros.
  3. Respeite outras crenças religiosas – Não force suas crenças sobre os outros.
  4. Compartilhe sua boa fortuna com os outros – Participe com caridade.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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