Conheça a Jiboia Arco-Íris, espécie rara da Amazônia

Até 2008, o Brasil só conhecia uma espécie da Epicrates cenchria. Foi nesse ano que os pesquisadores Paulo Passos e Ronaldo Fernandes publicaram um artigo científico onde revisaram toda a espécie e reorganizaram as nove subespécies em cinco espécies.
Segundo essa nova classificação, das cinco espécies, quatro ocorrem no Brasil: Jiboia arco-íris da Amazônia (Epicrates cenchria), jiboia arco-íris da Caatinga (Epicrates assisi), jiboia arco-iris do Cerrado (Epicates crassus) e jiboia arco-íris do norte (Epicrates maurus).
Podendo alcançar até 2, 2 metros, a Epicrates cenchria é a maior das jiboias arco-íris. Ela alimenta-se de pequenos animais, incluindo aves, mamíferos e anfíbios. Nos criatórios de cativeiro, por uma questão de praticidade e controle sanitário, em geral é alimentada com pequenos roedores.
As jiboias arco-íris são serpentes vivíparas que, em geral, tem de 15 a 25 filhotes, mas podem chegar até 35. Seus hábitos de vida incluem uma existência semiarborícola, com maior atividade no período noturno. Essas lindas serpentes vivem entre 25 e 30 aos.
Fonte: MUSA/Amazonas – Fotos: Megacurioso

Foto: Portal Amazônia
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Foto: Facebook
Fatos interessantes
- Conhecida também como salamanta.
- Tem esse nome por possuírem escamas que refratam a luz e criam um efeito iridescente, como um arco-íris.
- Essa serpente são possui veneno e, por isso, sua forma de matar suas presas é por constrição (asfixia).
- Dentre todas as outras espécies de jiboias-arco-íris, assemelha-se mais a jiboia-arco-íris-do-Cerrado (Epicrates crassus), porém é mais rara devido a menor área de distribuição. A diferença principal é o maior contraste entre as manchas no corpo.
Características físicas
Possui dorso marrom-avermelhado com manchas marrom-claro de formato arredondado, na parte lateral possui manchas irregulares escuras circundadas com borda branca-amarelado. A região dorsal da cabeça apresenta três listras marrom-escuras. Na luz do sol, seu brilho holográfico é observável no dorso.
Habitat e alimentação
Endêmica do Brasil, esta espécie é encontrada na Bahia, Paraíba, Piauí, Ceará, Sergipe e Minas Gerais, caracterizando-se pelos ambientes da Caatinga. Com hábitos semi-arborícolas, utiliza fossetas labiais para detectar o calor das presas. Alimenta-se de pequenos mamíferos, anfíbios, lagartos, aves e ovos. São serpentes crepusculares ou noturnas, mas podem ser vistas se aquecendo ao sol durante o dia em temperaturas mais altas.
Comportamento social
São criaturas solitárias e geralmente só encontram outros indivíduos em época de cópula. Os machos podem acasalar com várias fêmeas, o que ocorrem geralmente entre novembro e janeiro. É uma espécie ovovivípara, ou seja, os bebês se desenvolvem em ovos no útero da fêmea e eclodem antes do nascimento. A gestação dura cerca de 5 meses e nascem de 7 a 16 filhotes.





