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Lula: Violência se combate com oportunidades

Lula: se combate com oportunidades

“Violência tende a crescer porque quem está no governo estimula a violência”

Lula criticou diretamente o governador João Doria (PSDB) pela ação da PM que resultou no assassinato de 9 jovens em Paraisópolis. “Como um governador desse pode cuidar da se a única coisa que ele faz é dizer que tem prêmio para quem matar”

Por Redação

Em entrevista exclusiva ao Fórum Onze e Meia, o ex-presidente Lula afirmou que a violência no Brasil, como a ação da polícia que assassinou 9 jovens em Paraisópolis, tende a crescer porque o governo Jair Bolsonaro estimula a violência.

“A violência tende a crescer no porque quem está no governo estimula a violência”, afirmou Lula, ressaltando que o tema é tratado de forma “emocional” pelo governo.

“Falar que bandido bom é bandido morto é parte de uma que está sociedade, porque ela esta condicionada ao medo, ao terror. São temas tratados emocionalmente e o Estado não pode agir emocionalmente”.

O petista afirmou ainda que a violência da polícia não ajuda no combate da criminalidade e criticou diretamente o governador João Doria (PSDB) pela ação da PM na comunidade que fica cravada em meio a uma área rica da zona sul da capital paulista.

“Como um governador desse pode cuidar da segurança pública se a única coisa que ele faz é dizer que tem prêmio para quem matar”.

Segundo Lula, a violência contra jovens negros está na raiz de uma cultura que remete aos tempos da escravidão.

“A coisa mais selvagem que aconteceu foi quando aboliram a escravidão e tratavam o negro como vagabundo. E ainda é [tratado]. A polícia trata isso porque uma parcela da sociedade aceita essa ideia”, afirmou, ressaltando que a “violência contra o jovem negro está na nossa cultura escravista”.

Para Lula, a violência só pode ser combatida “gerando oportunidades para as pessoas terem cultura, lazer e ”. “Só assim nós vamos diminuir a violência”.

Fonte: Revista Fórum

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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