Lula se compromete a diminuir o genocídio negro e indígena ao máximo

Lula se compromete a diminuir o genocídio negro e indígena ao máximo

se compromete a diminuir o genocídio negro e ao máximo

“Os índios não são intrusos, nós é que somos os intrusos e precisamos garantir para eles o direito de viver dignamente”…

Por Jornalistas Livres

Os índios não são intrusos, nós é que somos os intrusos e precisamos garantir para eles o direito de viver dignamente.”

Em entrevista para a imprensa independente, realizada em 19 de janeiro de 2022, o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da se comprometeu a criar uma política de tolerância zero à mortalidade da população negra e indígena

Vamos fazer o possível e o impossível para que a gente evite o genocídio do negro na periferia deste país e do povo pobre como um todo. A questão indígena é muito ligada a questão ambiental: Os índios não são intrusos, nós é que somos os intrusos e precisamos garantir para eles o direito de viver dignamente. Neste sentido, precisamos mudar o papel do estado, pois ele deve cumprir sua função social.”

Luiz Inácio Lula da Silva

Um exemplo do descaso com a população indígena é o ofício emitido pela FUNAI em 29 de dezembro de 2021, onde determina a não proteção de não homologadas, onde ao menos, 274 territórios serão excluídos dos planos de de proteção do órgão , sendo que 116 estão em processo de identificação, seis estão com portaria de restrição de uso para proteção de isolados. Em defesa dos , a Articulação dos Indígenas do Brasil (APIB) soltou uma nota de repúdio e denúncia contra o (des) governo de Jair Bolsonaro.

 
[smartslider3 slider=43]

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

REVISTA