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Mãe é quem cria! Patinho é chocado por mamãe coruja

Patinho é chocado por mamãe coruja, e as fotos da dupla extrapolam todos os níveis de fofura

A expressão mãe-coruja ganhará uma nova conotação depois que você ler esta história. E ficamos com mais essa lição de amor oferecida pela natureza e com estas fotos que, se não te fizeram suspirar é porque você não viu direito.

Por: Redação Conti outra – contioutra

Um patinho foi chocado durante um mês por uma coruja. Unidos por essa no mínimo curiosa, o patinho e sua generosa mamãe adotiva foram clicados juntos em momentos da mais pura intimidade, e as fotos, que extrapolam todos os níveis de fofura, tem tudo para fazer o seu dia mais feliz.

Os registros foram feitos pela artista e fotógrafa Laurie Wolf, que mora com a família em Jupiter, na Flórida (EUA). “Ver a coruja com o patinho foi, honestamente, a coisa mais incrível que já vi na ! Ainda é difícil acreditar”, conta Laurie.

A história por trás das fotos que vêm encantando a internet teve início quando a fotógrafa se deparou com uma cena incomum em seu quintal, enquanto inspecionava suas várias casas de pássaros: uma coruja ao lado de um patinho.

Laurie possui várias caixas de nidificação de diferentes espécies de aves em seu quintal. Um dia, para sua surpresa, a americana notou que uma mamãe pato-carolino moveu um de seus ovos de sua caixa de nidificação para outra. “Pensamos que ela o mudou de lugar porque o seu ninho havia sido invadido – havia cascas de ovo no fundo da caixa”, contou ao portal The Bored Panda.

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No entanto, no dia seguinte, Laurie viu uma coruja se mudar para a caixa onde estava o ovo da pata. Um mês depois, o filhotinho apareceu ao lado de sua “mamãe adotiva”. Não é incrível? “Tenho certeza que a coruja chocou o ovo porque ela estava na caixa com ele por um mês inteiro”, comentou a fotógrafa.

E a pergunta que Laurie se fez logo em seguida é a mesma que você também deve estar se fazendo; “Será que a coruja, por ser um predatório, não poderia comer o patinho?”. Então ela procurou um especialista em pássaros, que confirmou a sua preocupação. Um santuário de até concordou em cuidar do patinho se Laurie o capturasse. Mas isso não foi necessário, pois, ao tentar resgatá-lo, o animal pulou para fora do ninho e correu para um lago próximo, em uma propriedade vizinha.

No Facebook, Laurie acrescentou que o filhote começou a fazer barulho, provavelmente clamando por seus pais. Eles devem ter ouvido porque, de repente, saíram de sua caixa no quintal de Laurie e foram direto para uma cerca nos fundos, em direção ao lago próximo.

Laurie e sua família não viram o patinho desde então. “O lago fica na propriedade do nosso vizinho e é muito escondido”, revelou.

Por mais bizarro que possa parecer, um pato pode sim ser chocado por uma coruja. De acordo com a National Geographic, patos-carolinos já foram registrados vivendo com corujinhas-do-mato no passado.

“Não é comumente documentado, mas certamente acontece”, explicou Christian Artuso, diretor da Bird Studies Canadá, que fez uma observação semelhante em 2005, enquanto estudava corujas-do-leste para seu doutorado.

Sabe-se que os patos-carolinos praticam parasitismo de crias. Isso significa que às vezes colocam um ovo ou dois no ninho de outra criatura, seja outro pato-carolino ou alguma outra espécie relacionada.

A ideia, segundo Artuso, é assegurar a perpetuação da espécie: “Se você espalha seus ovos, suas chances de transmitir seus genes aumentam um pouco, especialmente se você perder seus próprios ovos para um predador”.

De acordo com o cientista, embora a prática seja conhecida, sua frequência não o é. “Então, fiquei feliz em ver outro exemplo”, concluiu.

E ficamos com mais essa lição de amor oferecida pela e com estas fotos que, se não te fizeram suspirar é porque você não viu direito.

Com informações de BoredPanda  / Hypescience Imagens: Laurie Wolf

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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