Masdar

Masdar City: A impressionante cidade-modelo do Futuro

Masdar é uma cidade planejada que está sendo construída em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Sua principal característica é a , incluindo a meta de tornar-se neutra de CO2. 

Por Juliana Miranda

Masdar é uma cidade modelo que está sendo construída nos Emirados Árabes Unidos. Essa cidade está sendo planejada para atender as demandas do .

Masdar conta com tecnologias limpas e promete ser uma cidade 100% sustentável. O município está em construção no meio do deserto.

Masdar City é considerado um monumento tecnológico, que consome uma quantidade mínima de energia. O é pioneiro e conta com centenas de pessoas envolvidas. A cidade foi desenhada pelo arquiteto britânico Norman Foster.

Masdar é uma cidade que só tem carros elétricos que se movimentam sem o auxílio de motoristas, as ruas são resfriadas por uma grande torre eólica e a polícia é responsável por controlar o gasto de energia dos moradores.

O projeto de Masdar foi iniciado em 2006. O investimento calculado para construir a cidade é de US$ 1,4 bilhão.

Atualmente, Masdar tem apenas seis prédios, uma rua principal, 101 apartamentos pequenos, uma livraria eletrônica e o Masdar Institute, um centro de estudos para 167 estudantes e 43 professores. Dentro do campus, as pessoas podem encontrar um banco, um restaurante japonês, uma cantina e uma loja de orgânica.

O subterrâneo do instituto tem 10 veículos elétricos, que são utilizados pelos estudantes para projetos e locomoção. As principais tecnologias limpas da cidade são uma torre eólica de 45 metros, painéis solares e gás natural.

O projeto de Masdar também vai contar com uma usina de dessalinização da água, que será movida por . A expectativa dos pesquisadores é que, até 2015, a cidade seja habitada por cerca de 7 mil pessoas.

A construção total de Masdar City deve ser finalizada entre 2021 e 2025, quando a cidade deve chegar a uma população de 40 mil pessoas.

Veja o projeto:
 
 
 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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