Minoria Barulhenta

Minoria Barulhenta

Minoria Barulhenta
Por Arthur Wentz e Silva
“Minoria Barulhenta” Por que(m) fazemos barulho?
É muito bom sabermos que existe uma juventude pensante neste país. Apresentamos  este artigo que mostra a cara de nossos estudantes. É muito bom sabermos que teve gente que cresceu e tomou o lado correto e de posicionamento perante as muitas questões sociais e políticas que se apresentam. Dá um orgulho danado ver um leitor criança se transformar num crítico cidadão. Cora Coralina já nos dizia: “Acredito nos jovens, abrindo espaços largos na vida!”
A violência grotesca do neoconservadorismo vem cada vez ganhando mais espaço dentro do espectro social provocando um clima de tensão dentro do ente político e social. No entanto, é notório que a partir do momento em que esse clima entra em contato com a Educação Pública a situação se agrava de forma maior. Ideias erradas sobre uma possível “doutrinação”, ou talvez a disseminação de um “marxismo” nos institutos e universidades públicas só deixam mais explícitas a ignorância de pessoas que, certamente, se mantiveram à distância destes espaços. A consequência desta ignorância desnecessária das esferas educacionais só distância cada vez mais o senso comum com aqueles que produzem ciência e conhecimento no Brasil atual. A perseguição da atual ignorância fascista contra esferas públicas estudantis, entidades e organizações que corresponde a luta em favor de uma educação pública, gratuita e de qualidade, visando o respeito e equidade para com estudantes, técnicos e docentes e afins.
Ao doze de janeiro, o então Ministro da Educação, Milton Ribeiro, perguntado sobre as opiniões que vêm sido colocadas em discussão a favor do adiamento do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), respondeu que “é uma minoria barulhenta que pede o adiamento”. Antes de tudo é preciso entender de quem se trata a tal “minoria barulhenta”, estes designados pelo ministro, são os estudantes que pediram ao MEC respeito aos 49,7% dos entrevistados em enquete feita pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) que pedem para que o exame seja realizado em Maio, por outra vertente, o respeito com as entidades estudantis que se mobilizam em favor da equidade e diversidade dentro da esfera educacional.
O descaso do atual governo para com os estudantes e sendo assim, para com a educação é um projeto estigmatizado pelos preceitos do conservadorismo de manter sua população sem participar das discussões e pautas públicas. Já dito por Callegari, “O governo federal não tem qualquer projeto positivo nessa área. Na verdade, tudo indica que o projeto é o desmonte da educação pública, e agora isso se concretiza com os cortes na educação superior e básica”.
Para entender melhor, é necessário refletir sobre o conceito de barulho, vamos entendê-lo como o sentido de resistência, resistir ao bolsonarismo, suas ideias distorcidas, preconceituosas e extremamente irracionais tem levado o país ao caos, e assim emerge a célebre pérola de Schopenhauer: “Sem resistência, não há progresso. Sem sombras, não há luz”.Assim, estudantes, membros de entidades estudantis e organizações fazem barulho para os 39% dos estudantes de escolas públicas urbanas que não têm computador ou tablet em casa, aos 21% dos alunos de escolas públicas só acessam a internet pelo celular e assim com diversos outros estudantes que tiveram os respectivos calendários suspensos. Além do tema ENEM, essas entidades e organizações lutam em favor de diversos outros casos, colocando em pilar principal o acesso ao ensino.Arthur Wentz e Silva é Estudante de Técnico em Biotecnologia e Coordenador do Grêmio Estudantil no IFG – Câmpus Formosa. Pesquisador do PIBIC-EM, pelo CNPq.Salve! Este site é mantido com a venda de nossos produtos. É, também, com um percentual dessas vendas, que apoiamos a luta do Comitê Chico Mendes, no Acre, do povo Krenak, em Minas Gerais, do Museu Kalunga Iaiá Procópia, em Goiás e do povo Xavante, no Mato Grosso. Ao comprar em nossa Loja Xapuri, você fortalece um veículo de comunicação independente, você investe na Resistência. Contamos com você! WhatsApp: 61 9 99611193.