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Nelson Mandela: Ninguém nasce racista

NELSON MANDELA: NINGUÉM NASCE RACISTA

Nelson Mandela: Ninguém nasce racista

Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.”

OUTRAS FRASES DE NELSON MANDELA

“Eu odeio o racismo, pois o considero uma coisa selvagem, venha ele de um negro ou de um branco.”

“A educação é a mais poderosa arma pela qual se pode mudar o mundo.”

“A educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal. É através dela que a filha de um camponês pode se tornar uma médica, que o filho de um mineiro pode se tornar o diretor da mina, que uma criança de peões de fazenda pode se tornar o presidente de um país.”

“Deixe a liberdade reinar. O sol nunca brilha tão glorioso como diante de uma conquista humana.”

“Depois de escalar uma montanha muito alta, descobrimos que há muitas outras montanhas por escalar.”

“Não há nada como a liberdade.

“Quando deixamos nossa luz própria brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo.”

“Se existe sonhos sobre uma bela África do Sul, há também estradas que levam a este objetivo. Duas destas estradas podem ser chamadas Bondade e Clemência.”

“Seja qual for o Deus, eu sou mestre do meu destino e capitão da minha alma.”

“Sonho com uma África em paz consigo mesma.”

“Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.”

“Todos nos sentimos no topo do mundo. Essa foi a justificativa para os sacrifícios que têm sido feitos por nosso povo desde a chegada dos brancos neste país em 1652.

NELSON MANDELA

Nascido em 18 de julho de 1918, na cidade de Transkei, na África do Sul, Nelson Rolihlahla Mandela foi um ícone da luta contra o apartheide um grande defensor das causas humanitárias ao redor do mundo.

Filho único de aristocratas, viveu tempos difíceis depois da morte do pai, em 1927. Por falta de condições, a mãe o entregou aos cuidados de Jongintaba Dalindyebo, um parente rico da família,

Dalindyebo ofereceu a Mandela a oportunidade de ser formado em valores de sua própria cultura e da cultura europeia. Estudou nas melhores escolas da Europa. Mas foi em seu país, na Universidade de Hare, que Mandela descobriu a luta contra o apartheid na África do Sul, promovida pelo Congresso Nacional Africano (CNC).

Para fugir de um casamento arranjado, Johannesburgo, onde trabalhou em uma imobiliária e, logo em seguida, em um escritório de advocacia.

Johannesburgo, Mandela se envolveu cada vez mais com o CNC e estudou direito. Em 1942, fundou a liga Jovem do CNA. Na década de 1950, começou a participar de atividades públicas de desobediência civil contra as políticas segregacionistas do Partido que estava no poder, o Partido Nacional.

É desse período a Carta da Liberdade, documento político que expressava a indignação da população negra contra o apartheid.

Em 1956, Mandela foi preso e condenado à morte pelo crime de traição, condenação que foi suspensa devido à grande repercussão internacional que o caso tomou. Livre, Mandela seguiu conduzindo manifestações pacíficas contra a exploração dos negros e a injusta ordem estabelecida.

Em 1960, em um protesto nas ruas da cidade de Sharpeville, vários manifestantes, mesmo estando desarmados, foram mortos pela violência da polícia. Mandela decidiu, então, formar o grupo “Lança da Nação” como um braço armado do CNA. Em 5 de agosto de 1962, Mandela foi mais uma vez preso, dessa vez por sua participação na luta armada.

Condenado à prisão perpétua, o preso “466/64” ficou preso em uma ilha, a três quilômetros na Cidade do Cabo, por 27 anos. Ao longo dos anos, mesmo com a desarticulação do antiapartheid, foram surgindo movimentos de luta na África do Sul e em todo o mundo exigindo a liberdade de Mandela.

Em 1990, o governo conciliador do presidente Frederik Willem de Klerk libertou Nelson Mandela, que passou a liderar o processo que deu fim ao apartheid na África do Sul. Em 1992, com o apoio de Mandela e Willem de Klerk, as leis segregacionistas foram finalmente abolidas.

Em 1994, Mandela ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Em 1994, foi eleito presidente da África do Sul nas primeiras eleições multirraciais da África do Sul. Depois de cumprir seu mandato, em 1999,

Mandela passou a atuar em diversas causas humanitárias e foi um dos grandes líderes mundiais na luta a contra a AIDS. Nelson Mandela faleceu em 05 de dezembro de 2013, em sua casa, na cidade de Johannesburgo, em decorrência de uma infecção pulmonar. 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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