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Nova York processa Exxon por enganar investidores sobre clima

Nova York processa Exxon por enganar investidores sobre clima

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Foto: Divulgação

DO OC – A procuradora-geral do Estado de Nova York, Barbara Underwood, impetrou na Justiça nesta quarta-feira (24) uma ação contra a Exxon Mobil. A maior empresa de petróleo do mundo é acusada de enganar acionistas ao minimizar o risco do combate à mudança climática para seu negócio.

É mais um revés para a petroleira, que já é investigada nos Estados Unidos por ter negado durante décadas a ligação entre petróleo e mudança do clima, que já era conhecida pelos cientistas da empresa desde os anos 1970.

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Segundo um comunicado da procuradoria, a Exxon passou anos dizendo aos investidores que estava computando o custo cada vez mais alto das regulações climáticas em seu planejamento e na valoração de seus ativos. No entanto, prossegue a nota, a empresa “fez muito menos do que alegou, enganando os investidores sobre a verdadeira exposição financeira da companhia a regulações e políticas adotadas para mitigar os efeitos adversos da mudança do clima”.
A Exxon, por exemplo, vendia suas ações como um investimento seguro, tentando atrair investidores de longo prazo como fundos de pensão e empresas de seguro de vida. Segundo Underwood, a empresa “construiu uma fachada para convencer os investidores de que estava administrando os riscos da regulação climática quando, de fato, estava intencional e sistematicamente subestimando-os ou ignorando-os”.
A matemática do clima é implacável com as empresas de combustíveis fósseis. Se quiser evitar que o aquecimento global chegue a 2oC, como determina o Acordo de Paris, a humanidade não poderá emitir mais do que 500 bilhões de toneladas de gás carbônico daqui até o final dos tempos. Como a queima de combustíveis fósseis é a maior fonte de emissões do planeta, isso significa que a maior parte das reservas de hidrocarbonetos do mundo terá de ficar no subsolo, o que tem impacto direto sobre o futuro de empresas como a Exxon, a Shell e a brasileira Petrobras.
Neste mês, o IPCC, o painel do clima das Nações Unidas, publicou um relatório que torna a realidade das petroleiras ainda mais dura: se a humanidade quiser evitar que o aquecimento global ultrapasse 1,5oC, terá de cortar 45% das emissões nos próximos 12 anos. Não há como fazer isso mantendo o ritmo atual de extração e uso de petróleo.
“A ação contra a Exxon tende a acender a luz amarela no mundo todo sobre o risco financeiro de continuar a investir em petróleo”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima. “O Brasil, que faz uma aposta arriscada nesse setor ao dar subsídios de centenas de bilhões de reais para a exploração do pré-sal até 2040, deveria prestar atenção a esse alerta e acelerar mudanças na Petrobras no sentido de uma economia de baixo carbono.”
ANOTE AÍ
Fonte: Observatório do Clima


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Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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