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Nucleário: projeto brasileiro premiado por tecnologia de restauração florestal

Nucleário: projeto brasileiro premiado por tecnologia de restauração florestal

Projeto brasileiro ganha prêmio internacional de 100 mil dólares com tecnologia inovadora de restauração florestal

Como podemos acelerar a viabilidade comercial de soluções biomiméticas para nossos maiores problemas?” essa é a pergunta que inspirou a  Ray Anderson Foundation a criar o o Ray of Hope,  uma rede global de pioneirismo ambiental que premia anualmente o melhor projeto do mundo nesta área.

A primeira fase do prêmio chama – se Biomimicry Global Design Challenge (BGDC) e anualmente escolhe as 6 melhores iniciativas de Biomimética, o estudo focado em imitar estratégias da natureza para solucionar os desafios da humanidade. Essas iniciativas recebem uma mentoria de um ano, uma viagem aos EUA e um prêmio em dinheiro.

Entre as 6 iniciativas, um júri escolhe a melhor para receber o Prêmio Ray of Hope de 100.000 dólares em dinheiro. Este ano O Ray of Hope escolheu uma iniciativa de Lumiar – RJ, um produto que acelera e optimiza o reflorestamento em larga escala chamada Nucleario.

Restaurar ecossistemas degradados é um dos principais desafios que temos que enfrentar se quisermos sobreviver neste planeta.  O Brasil é hoje o principal palco mundial de uma disputa entre o crescente desmatamento e iniciativas que buscam restaurar a floresta. O que está em jogo é nosso ar, nossa água, a qualidade dos alimentos que comemos e uma biodiversidade que se formou ao longo de milhões de anos.

O Problema para todos nós é que nessa guerra, o desmatamento em escala industrial avança cerca de 27 campos de futebol por minuto segundo o WWF e o reflorestamento é um processo artesanal, trabalhoso e demorado. Até que haja uma boa diversidade, as árvores são muito vulneráveis, especialmente quando ainda pequenas.

Nos primeiros anos as frágeis mudas estão sujeitas à secas, competição com o mato que tem o crescimento muito mais rápido  e a ação de diversos tipos de insetos, em especial as formigas cortadeiras. Por essa razão, os plantios florestais  precisam de cuidados constantes para as mudas não morrerem. É exatamente esses problema que o projeto soluciona.

BraunPrize (Alemanha), RedDot (Singapura), GreenDot (EUA), IDSA(EUA) e IdeaBrasil (Brasil)

 

Nucleário: tecnologia a serviço do plantio de árvores

“ Se você simplesmente planta mudas em um local,  e vai embora quase todas vão morrer. Para prevenir isso, a cada 3 meses normalmente eu tinha que ir cortar o mato, regar as mudas e aplicas fertilizantes. Com o Nucleário é possível plantar mais, com menos esforço e em menos tempo” Bruno Ferrari, Especialista em reflorestamento e supervisor dos teste de campo do Nucleário.

O Nucleário é uma estrutura inspirada nas bromélias, na serra pilheira (camada de folhas secas no chão das florestas) e nas sementes aladas ( sementes leves que usam o vento para se locomover).
Como as bromélias o nucleário axila a água da chuva e do sereno aumentando a umidade do solo e criando oportunidades pra formação de um pequeno ecossistema que auxilia a muda.
Como a serra pilheira o nucleário protege o solo impedindo que ele perca os nutrientes e controla o crescimento de gramíneas sombreando a superfície do solo.
Como as sementes aladas o Nucleário é uma estrutura leve, capaz de ser transportada para áreas de difícil acesso e possui nervuras estruturais possibilitando com um material fino e resistente.
Dessa forma o Nucleário diminui o tempo de manutenção necessária para o reflorestamento, torna o processo mais barato, eficaz e permite que seja feito em áreas de difícil acesso.
1- Um reservatório acumula água da chuva e do sereno e a libera lentamente para o solo via ação de capilaridade.
2- Uma área negativa nas pontas funciona como barreira física que impede  o acesso das formigas à muda
3- A estrutura protege a muda contra mato competição, impedindo que as gramíneas invasoras ataquem a planta e favorecendo a retenção de nutrientes e adubação.
nucleário é a ferramenta ideal para o reflorestamento em larga escala e o plantio de árvores frutíferas, substituindo o uso de agrotóxicos.
A previsão para começarem as venda apenas é junho de 2019. Seus criadores estão recebendo os primeiros interesses e avaliando os casos para propor soluções ainda mais eficazes para locais específicos.
Fonte: Pindorama
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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