QUEM É O/A MILITANTE DE ESQUERDA

QUEM É O/A MILITANTE DE ESQUERDA

O Militante

Que figura é essa, o militante de esquerda é um cidadão que acredita no sonho e numa sociedade justa e igualitária, é um eterno estudioso, daí o chamam de radical, na verdade nos soa como elogio, pois não temos pensamentos e práticas rasteiras, vamos até a raiz dos problemas e buscamos suas soluções.

O militante não desmerece os demais companheiros ou qualquer outra pessoa que seja, chegando atrasado em reuniões, atos, manifestações, nas panfletagens, nas ações, seminários ou congressos, não atropela a fala do orador, cumpre o que  lhe foi designado pelo coletivo, não ofende outro companheiro.

O militante não recebe qualquer tipo de remuneração, muito pelo contrário, ele investe na luta.
Nunca chame um militante de cabo eleitoral, o cabo eleitoral é remunerado para estar cooptando o voto, não tem consciência do seu papel em sociedade e o mal que pratica.

O militante ama, sofre, vive, chora, ri, sua, pelo seu ideal, pelo coletivo, não cultua a personalidade, segue ideias e não homens. O militante também tem família.

O militante investe na luta, doa seu tempo em ações concretas, investe dos seus recursos pessoais na luta, desde comprando um broche a imprimindo panfletos.

O militante não segrega, une, não destrói e sim constrói, leva seu conhecimento a serviço do coletivo e também aprende.
O militante reflete, escreve, propõe, articula, planeja, executa, fala, ouve, concorda, discorda, protesta, apoia, carrega as bandeiras, faixas, carrega o piano…

O militante exerce sua atividade política no trabalho, na escola, no clube, no condomínio, no bairro, na família, na igreja e é coerente em todos os lugares com a ideologia que segue.
O militante não necessariamente necessita estar filiado a um partido político, ou organização anárquica ou religiosa, tal como não necessita estar atuando em grupo.

O militante está no campo, nas cidades, está nas fábricas, nos comércios, na prestação de serviços, no serviço público (escritórios), nas fazendas, nos sítios, nos circos, nos teatros, nas TVs, nas rádios.
Unamo-nos em prol de um mundo melhor!

O militante é um servidor.
O militante respeita as diferenças.
O militante milita de domingo a domingo.
Ser militante é se libertar do opressor e jamais se tornar um.

Autor desconhecido

Fonte: WhatsApp

UM CIDADÃO UNIVERSAL

UM GRANDE ESTRATEGISTA

ATHOS PEREIRA COM BANDEIRA scaled

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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