Os lobisomens da localidade de Palmeira dos Gomes
Em Altos, no Piauí, existe uma lenda conhecida por muitos, dessas que amedronta e deixa um arrepio frio no pezinho da nuca. É a lenda dos lobisomens da localidade de Palmeira dos Gomes
Em Altos, no Piauí, existe uma lenda conhecida por muitos, dessas que amedronta e deixa um arrepio frio no pezinho da nuca. É a lenda dos lobisomens da localidade de Palmeira dos Gomes
Por Causos Assustadores do Piauí
A região da Localidade de Palmeira dos Gomes começou a ser povoada no início do século XX, e, inicialmente, era chamada apenas “Palmeira”, sendo pertencente a um proprietário de terras de nome Pompílio, que residia na cidade de Demerval Lobão. Este, por ocasião de sua morte, deixou-as como herança a um funcionário de nome Manoel Gomes Martins, que já residia nas terras e deu início a povoação com seus familiares, sendo hoje a região ocupada por muitos de seus descendentes.
Um desses descendentes é o Sr. Luiz Rodrigues Gomes, residente na Localidade Bom Nome, próxima da Palmeira dos Gomes, que dá conta de relatos assombrosos na região, histórias que teria ouvido ainda de seu pai, acerca de lobisomens que corriam pelas matas daquela região.
Uma delas dá conta de um senhor, residente em localidade próxima, que tinha caso com a própria mãe e todos suspeitavam que era ele um lobisomem, que, em certa época, em noites de quinta para sexta, vagava por ali. Nessa época, havia na Palmeira um valentão que se gabava não ter medo de nada, e já tinha mesmo botado alguns para correr.
Um dia, em um boteco, disse diante de todos que se encontrasse a fera iria enfrentá-la de cara e afugentá-la dali. Saindo do lugar, já à noitinha, em um caminho escuro, deu de cara com o bicho e quase se arrependeu do que havia dito. Sentiu medo, talvez pela primeira vez na vida, mas encarou o monstro, que saltava de um lado pro outro feito doido, e fazia mais barulho que tudo na vida.
Após uma luta tremenda, conseguiu desferir vários golpes de facão na criatura, mas já estava quase vencido, quando lembrou-se que haviam lhe dito que, para espantar lobisomens, basta chamar o bicho pelo nome que ele corre em disparada. De fato, ao chamar pelo nome daquele que já tinham como suspeito, a criatura fugiu assombrada. No dia seguinte, foi à casa do homem que diziam ser lobisomem, e percebeu que o mesmo estava ferido de facadas, ainda tendo lhe dito poucas e boas. Contam que ainda no mesmo dia, o homem que acreditavam se transformar se evadiu dali e nunca mais foi visto.
Uma segunda história dá conta, ainda em tempos antigos, de um homem que transitava à noite pelos caminhos escuros da região da Palmeira dos Gomes quando viu mais à frente um vulto preto que, ao aproximar-se, percebeu ser um lobisomem. Por um tempo ficou paralisado olhando a criatura, sem reação alguma, até que o bicho partiu para cima dele, e, se aproximando, preparou o bote, na intenção de saltar por cima do homem, afim de transferir-lhe a maldição.
O transeunte, contudo, desviou-se, e a fera errou o bote, mas rapidamente já se preparava para dar outro salto, o que não ocorreu porque o homem conseguiu saltar no bicho e montar-se nele.
A fera saiu em disparada, a toda velocidade, com o homem nas costas, agarrado em seu pelo. Dizem que os lobisomens, toda vez que se transformam, têm que percorrer sete cidades, sete encruzilhadas, sete igrejas e sete cemitérios, antes do galo cantar pela última vez.
A jornada em cumprimento da sina maldita, nesse dia, foi toda feita com o homem nas costas, e, ao final, o lobisomem, cansado, parou em um espojeiro de jumento, onde pôs-se a rolar no chão, ocasião em que o homem pôde saltar de suas costas e reparar na metamorfose de longe, que revelou uma figura humana que não conseguiu identificar.
O homem, no dia seguinte, contou a todos a história e apresentou, como prova, uma folha que arrancara de uma árvore enquanto estava nas costas do bicho, árvore esta que não existia naquela região, razão pela qual alguns acreditaram nele.
Os tempos passaram, e essas histórias foram transmitidas de geração em geração, sendo agregados a outros relatos mais contemporâneos. Até hoje, volta e meia, relatos dão conta de lobisomens na Palmeira, sendo quase sempre vistos nas noites de quinta para sexta.
Um desses descendentes é o Sr. Luiz Rodrigues Gomes, residente na Localidade Bom Nome, próxima da Palmeira dos Gomes, que dá conta de relatos assombrosos na região, histórias que teria ouvido ainda de seu pai, acerca de lobisomens que corriam pelas matas daquela região.
Uma delas dá conta de um senhor, residente em localidade próxima, que tinha caso com a própria mãe e todos suspeitavam que era ele um lobisomem, que, em certa época, em noites de quinta para sexta, vagava por ali. Nessa época, havia na Palmeira um valentão que se gabava não ter medo de nada, e já tinha mesmo botado alguns para correr.
Um dia, em um boteco, disse diante de todos que se encontrasse a fera iria enfrentá-la de cara e afugentá-la dali. Saindo do lugar, já à noitinha, em um caminho escuro, deu de cara com o bicho e quase se arrependeu do que havia dito. Sentiu medo, talvez pela primeira vez na vida, mas encarou o monstro, que saltava de um lado pro outro feito doido, e fazia mais barulho que tudo na vida.
Após uma luta tremenda, conseguiu desferir vários golpes de facão na criatura, mas já estava quase vencido, quando lembrou-se que haviam lhe dito que, para espantar lobisomens, basta chamar o bicho pelo nome que ele corre em disparada. De fato, ao chamar pelo nome daquele que já tinham como suspeito, a criatura fugiu assombrada. No dia seguinte, foi à casa do homem que diziam ser lobisomem, e percebeu que o mesmo estava ferido de facadas, ainda tendo lhe dito poucas e boas. Contam que ainda no mesmo dia, o homem que acreditavam se transformar se evadiu dali e nunca mais foi visto.
Uma segunda história dá conta, ainda em tempos antigos, de um homem que transitava à noite pelos caminhos escuros da região da Palmeira dos Gomes quando viu mais à frente um vulto preto que, ao aproximar-se, percebeu ser um lobisomem. Por um tempo ficou paralisado olhando a criatura, sem reação alguma, até que o bicho partiu para cima dele, e, se aproximando, preparou o bote, na intenção de saltar por cima do homem, afim de transferir-lhe a maldição.
O transeunte, contudo, desviou-se, e a fera errou o bote, mas rapidamente já se preparava para dar outro salto, o que não ocorreu porque o homem conseguiu saltar no bicho e montar-se nele.
A fera saiu em disparada, a toda velocidade, com o homem nas costas, agarrado em seu pelo. Dizem que os lobisomens, toda vez que se transformam, têm que percorrer sete cidades, sete encruzilhadas, sete igrejas e sete cemitérios, antes do galo cantar pela última vez.
A jornada em cumprimento da sina maldita, nesse dia, foi toda feita com o homem nas costas, e, ao final, o lobisomem, cansado, parou em um espojeiro de jumento, onde pôs-se a rolar no chão, ocasião em que o homem pôde saltar de suas costas e reparar na metamorfose de longe, que revelou uma figura humana que não conseguiu identificar.
O homem, no dia seguinte, contou a todos a história e apresentou, como prova, uma folha que arrancara de uma árvore enquanto estava nas costas do bicho, árvore esta que não existia naquela região, razão pela qual alguns acreditaram nele.
Os tempos passaram, e essas histórias foram transmitidas de geração em geração, sendo agregados a outros relatos mais contemporâneos. Até hoje, volta e meia, relatos dão conta de lobisomens na Palmeira, sendo quase sempre vistos nas noites de quinta para sexta.
Registro da visita à casa do seu Luiz Rodrigues Gomes, onde estive acompanhado de seu genro Claylton Cavalcante, que namora com Layce Soares, filha do Seu Luiz
Referências: GOMES, Luiz Rodrigues. Entrevista concedida a José Gil Barbosa Terceiro. Altos, 2020.