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Planetas

Pesquisadores alemães descobrem dois planetas semelhantes à Terra no Universo

Planetas Teegarden B e Teegarden C reúnem todas as condições de abrigar vida, dizem pesquisadores

Encontrar planetas com vida é um dos grandes desafios da . Se por um lado ela quer desenvolver formas de levar mais gente ao espaço (acredita-se que em 2030 será possível vender pacotes de viagens ao Universo), por outro ela se dedica a saber se estamos mesmo sozinhos.

Agora, uma equipe internacional de cientistas descobriu dois candidatos que estão mais próximos de ter essa possibilidade: ambos têm clima temperado e poderiam ter água líquida na superfície. A descoberta, liderada por pesquisadores da Universidade de Gottingen, na Alemanha, faz parte de um projeto entre a Espanha e os germânicos que busca novos planetas ao redor das estrelas próximas desde 2016 e, para isso, usa um espectrógrafo instalado no telescópio de cinco metros do Observatório de Almeria, no território espanhol.

Com esse instrumento e as imagens obtidas por outros dois telescópios espanhóis, os investigadores puderam pesquisar com grande detalhe a estrela de Teegarden, uma anã vermelha situada a apenas 12, anos-luz do Sistema Solar. Com 8% de massa, ela é muito menor e menos brilhante do que o sol — e apesar da proximidade, foi descoberta apenas em 2003.

A temperatura dessa estrela é de 2,6 mil graus centígrados (o sol tem uma temperatura de 5,5 mil) e, ao ser dez vezes menor que ele, é 1,5 mil vezes mais débil. Com isso, ela irradia a maior parte da sua energia em longitudes de ondas vermelhas e infravermelhas, ideal o projeto Carmenes, nome dado à reunião dos estudiosos.

Para determinar se havia planetas ao redor da estrela, os cientistas empregaram uma técnica chamada Doppler, que só funciona quando não é possível observá-los de forma direta. Quando um planeta orbita uma estrela, a atração da gravidade faz com que ela se mova e, portanto, quando uma estrela se aproxima e se distancia, é possível deduzir que há um planeta em sua órbita.

As medições Doppler da estrela de Teegarden mostraram a presença de ao menos dois sinais, agora identificados como os planetas Teegarden B e Teegarden C. O primeiro tem uma massa similar à Terra e orbita a estrela a cada cinco dias, enquanto o segundo completa sua órbita ao redor da Teegarden (A) em 11,4 dias — “em outras palavras, é a duração de um ano, o que significa que estão muito mais perto de sua estrela do que a Terra está do sol, por exemplo”, afirmaram os estudiosos na publicação.

O estudo mostra ainda que o Teegarden B, mais interno, recebe 10% mais de luz do Sol que a Terra, e por isso que se supõe que seja mais quente e que provavelmente não tenha água. Contudo, é apenas uma especulação: “Existem aspectos dos sistemas climáticos que desconhecemos e que poderiam permitir que houvesse água líquida”, disse Ignasi Ribas, co-autor da pesquisa, ao jornal espanhol El País.

O Teegarden C está em meio ao que os astrônomos chamam de “zona habitável”, o que significa que sua temperatura de superfície está entre 0 e 100°C, e portanto, é perfeitamente possível que tenha água. Assim, ambos os planetas são os melhores aspirantes a ter vida, assim como o Próxima B. que até então era o melhor candidato por suas condições de habitabilidade.

Entre a estrela mais próxima do Sistema Solar (Próxima Centauri, a quatro anos-luz) e a Teegarden (na 24ª posição, a 12 anos-luz), há mais de 20 estrelas — algumas com planetas ao seu redor –, mas apenas a Próxima B reúne as condições ideais de vida.

Os investigadores não descartam que os dois planetas ao redor de Teegarden formem parte de um sistema com mais planetas. Na próxima década, quando eles tiverem à disposição telescópios gigantes como o E-ELT (Extremely Large Telescope, na sigla em inglês), por exemplo, serão capazes de observar e fotografar as estrelas diretamente — quando Ignasi acredita que, enfim, os planetas estarão visíveis para novos estudos.

Fonte: Conversion

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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