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Skull of a Tyrannosaurus Rex at Vale dos dinossauros (Valley of the Dinosaurs Park), Canela, Rio Grande do Sul, Brazil

ENCONTRADOS NO RS FÓSSEIS DE 320 MILHÕES DE ANOS

Encontrados no RS Fósseis de 320 milhões de anos

Dois novos fósseis de dinossauros foram encontrados no sítio arqueológico de Buriol, em São João do Polêsine, na região central do . Os achados são de 2009-2010, anunciou no dia 10 de novembro o grupo de pesquisadores responsável pela pesquisa.

A descoberta também foi publicada na revista científica norte-americana Current Biology. “Esses fósseis brasileiros trazem um novo cenário evolucionário para o início da irradiação dos dinossauros e abrem espaço para novas e desafiadoras questões”, afirmou Sérgio Furtado, professor da Ulbra.

Segundo Furtado, a qualidade do material fóssil é raramente encontrada e pode ser considerada um achado, já que traz informações fundamentais para o entendimento da origem e evolução dos dinossauros. “Com esse material, é possível dizer que os dinossauros e seus precursores viveram lado a lado , e que a ascensão dos dinossauros foi mais gradual, não uma rápida explosão de diversidade, levando outros animais da época à “, completou Max Langer, paleontólogo da USP.

 OS NOMES DOS DINOS
 
Batizados como Buriolestes schultzi e Ixalerpeton polesinensis, o animais pré-históricos são do período Triássico, ou seja, de mais de 320 milhões de anos. Segundo os pesquisadores, Buriolestes é uma a sítio Buriol, onde os fósseis  foram encontrados.  Significa ” corredor ou ladrão, ou raptor ou caçador do sítio buriol”.
 
Schultzi é uma homenagem ao pesquisador Sérgio Leandro Schultzi, do Instituto de Geociências da Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Já Ixalerpeton  significa lagarto, saltador de ossos brancos. O nome teria sido escolhido porque o fóssil encontrado é de  “um animalzinho pequeno e pela sua estrutura óssea seria um saltador, muito ágil”.  Polesinensis  homenageia referência a cidade de São João do Polêsine.

TRABALHO CONUNTO PARA ENCONTRAR OS DINOS

Conforme matéria do site G1, o trabalho foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores brasileiros de diversas universidades do : A Ulbra (Cachoeira do Sul e Canoas),  a USP (Ribeirão Preto) , a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de (UFMG), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o Centro Universitário La Salle (Unilasalle Canoas, RS), Instituto Federal de , e Tecnologia Catarinense (IFC Concórdia, SC), a Universidade e Coleção do Estado da Baviera para a Paleontologia e Geologia, Munique, Alemanha; e a de , Ciências da Terra e Ambientais da Universidade de Birmingham, da Inglaterra.

Fonte dos conteúdos originários desta matéria: Agência Brasil

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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