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Movimento Solidário muda a cara de Caraúbas

Movimento Solidário muda a cara de Caraúbas

Uma verdadeira transformação. Assim pode ser definido o que aconteceu em Caraúbas do Piauí, cidade localizada a 255 quilômetros de Teresina (PI). De acordo com os dados mais recentes, divulgados em 2013, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,505, considerado médio. Hoje, praticamente todas as crianças estão com a vacinação em dia, e a desnutrição entre menores de dois anos quase não existe. Mas nem sempre foi assim.

Em 2005, Caraúbas tinha 5.427 habitantes e o 18º pior IDH do . Mais de 80% da população vivia com menos de US$ 1 por dia. Apenas 15% dos jovens de 15 a 24 anos eram alfabetizados, e o desemprego afetava 89% deles. Quase 11% das crianças com até dois anos estavam desnutridas. Enfim, uma realidade que precisava mudar.

Foi por tudo isso que naquele ano o Movimento Solidário, programa de responsabilidade social da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), da PAR Corretora de Seguros e do Grupo PAR, escolheu a cidade piauiense para desenvolver ações que proporcionassem melhor qualidade de vida para a comunidade.

“Entre os valores da Federação estão o respeito e a promoção dos , da solidariedade e do bem-estar da sociedade. Os dados atuais mostram que adotar Caraúbas foi uma decisão muito acertada. Estamos muito felizes com o resultado e, por isso, já nos preparando para atuar em outro município carente do Brasil”, diz o presidente da Fenae, Jair Ferreira.

Mas essa revolução em Caraúbas do Piauí só foi possível graças a uma junção de esforços, tudo articulado pelo Movimento Solidário. “As campanhas realizadas na plataforma de relacionamento Mundo Caixa, nas quais os empregados da Caixa doaram pontos para o programa, foram fundamentais para o sucesso das ações realizadas em Caraúbas. A categoria sempre entendeu a importância de mudar a vida daquele município”, afirma Denise Viana Alencar, analista de Responsabilidade Social da Fenae, que se envolveu no desde o início.

PRINCIPAIS AÇÕES

Em 2006, surgiu a horta comunitária, com terreno doado pela Prefeitura. No ano seguinte, foi criada a Associação dos Produtores de Leite da Comunidade Rosário (Aproleite), que atualmente produz mais de 10 mil litros de leite por dia. Um dos tanques de resfriamento e um kit de inseminação artificial foram comprados graças às doações dos empregados da Caixa.

Já em 2008, veio a Cooperativa das Artesãs Mãos que Fazem (Coopearte), que vende produtos para todo o país. Três bibliotecas, uma padaria e um mini polo de confecções também foram implantados graças à mobilização dos bancários e das bancárias da Caixa.

Esses avanços foram fundamentais para que a população se desenvolvesse e, ao longo das ações do Movimento Solidário, adquirisse a capacidade de independência. “É a velha de não apenas dar o peixe, mas ensinar a pescar. Hoje, os homens e as mulheres de Caraúbas do Piauí têm plenas condições de definir o próprio futuro, com trabalho e geração de ”, destaca Fabiana Matheus, diretora de Administração e Finanças da Fenae.

A líder comunitária Joana Portela endossa a nova realidade na cidade. “A principal ajuda que o Movimento Solidário trouxe foi incentivar a formação de associações e cooperativas. Hoje, temos trabalho, nosso ganha pão. E está tudo dividido: tem um grupo que compra, outro que vende, e ainda tem um para produzir. Estamos tão organizados que o nosso trabalho não vai acabar, porque conhecemos nossos direitos e sabemos reivindicar”, comemora.

PRÓXIMOS PASSOS

O Movimento Solidário prepara agora a próxima etapa. É o que explica Natascha Brayner, diretora de Comunicação e Imprensa da Fenae. “Diante de tudo que foi realizado em Caraúbas e da nova realidade, é hora de deixarmos o município e atuarmos em outro. Apesar da melhoria econômica e social do Brasil na última década, ainda há cidades com IDH baixo e com altos índices de mortalidade, analfabetismo e desnutrição”, frisa.

O local ainda não está definido. A Fenae solicitou que as Associações de Pessoal da Caixa (Apcefs) de todo o país apontem alguns municípios, seguindo critérios como IDH até 0,499, menos de 10 mil habitantes e indicadores com carência em saúde, e .

image001“Recebemos as indicações até 6 de fevereiro, e já estamos avaliando os dados de cada localidade. Só depois é que decidiremos o próximo destino do Movimento Solidário, onde vamos escrever um novo futuro para novas pessoas. E, mais uma vez, queremos contar com o essencial apoio dos mais de 100 mil empregados da Caixa”, ressalta Jair Pedro Ferreira. Quer saber mais? Acesse o www.programamovimentosolidario.com.br, conheça o jeito Fenae de mudar o mundo e participe dessa corrente do bem!

 

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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