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Pô, Capitão, tá com medo do Lula?

Pô, Capitão, tá com medo do Lula?

Pô, capitão. Que papo é esse de aplicar a lei segurança nacional para prender o Lula novamente. O senhor tá com medo do velhinho?

Capitão, o senhor é um combatente do exercito brasileiro, foi treinado para enfrentar inimigos ferozes. Portanto, não pode demostrar fraqueza frente a esse metalúrgico. O senhor é um mito, esqueceu?

Capitão, não precisa temer o cara. Ele apenas vai percorrer o ; vai à falar com o povo da floresta, vai bater um papo com os nordestinos, vai abraçar os . Também, disse ele, que irá dá uns abraços nos gays, lésbicas e simpatizantes.
– Que mal há nessas atitudes; hein capitão? Por que tanto medo?
Capitão, o senhor é um excelente atirador, um fenomenal paraquedista; um estrategista da maior força armada da América latina. Como pode temer um simples metalúrgico.
– pô, Capitão. O senhor vai dar mais uma fraquejada?
Capitão, o senhor viu a multidão que saiu às ruas pra abraçar o cara? O senhor viu a foto dele nos jornais estrangeiro? O cara foi manchete no New York Times, Le Monde, The Guardian, El País e outras centenas de jornais mundo a fora.
– Capitão, Eu fiquei com uma inveja tremenda. E o senhor, Capitão; ficou com inveja?
Capitão, respire fundo…
Convide ele para um debate. Pode ser sobre política interna, geopolítica, macroeconomia, , geração de emprego e renda. Debata sobre , e lazer; fale sobre o PIB, IDH.
Dê um show, Capitão. O senhor é um mito.
– Capitão! Capitão!
Por que o senhor tá tenso? Por que o senhor se esconde atrás dos generais?
Por que o senhor convocou sua milícia digital? Por que tanto medo, Capitão?
– ele é apenas o Luiz Inácio…o LULA.
Jefferson Guimarães. Belém, Pará.
Fonte: Facebook
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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