Poema inédito de Fernando Pessoa
A revista literária portuguesa Lote publicou no final de julho um poema inédito de Fernando Pessoa, descoberto e decifrado por Richard Zenith, o último biógrafo do poeta.
Por Antônio Carlos Queiroz
O poeminha foi escrito na forma de um ruba’i do persa Omar Khayyam:
A ave canta livre onde está presa.
O servo dorme e o sonho lhe é surpresa.
Liberta-te, mas nega a liberdade.
Poder e não querer, eis a grandeza.
@Público
A Vida de Fernando Pessoa
Por Por Silvia Tancredi
Fernando Pessoa nasceu no dia 13 de junho de 1888, no Largo de São Carlos, na cidade de Lisboa, em Portugal. Seus pais eram Joaquim de Seabra Pessoa e Maria Magdalena Pinheiro Nogueira Pessoa.
O artista passou grande parte da infância em Durban, colônia britânica situada na África do Sul, onde seu padrasto era cônsul português.
O pai do escritor morreu de tuberculose quando ele tinha cinco anos de idade. Conforme estudos, na adolescência Pessoa era um rapaz tímido, mas inteligente, bom aluno e dono de grande imaginação.
Fernando Pessoa começou a escrever poemas ainda criança. Seu primeiro texto data de 1895, quando tinha sete anos.
Pessoa chegou a ingressar no curso de graduação em Letras, em Lisboa. Porém, após dois anos, o abandonou. Ele preferia estudar por conta própria na Biblioteca Nacional. Lia livros em Inglês e Português.
“Tenho em mim todos os sonhos do mundo”
Ainda jovem, com cerca de 22 anos, o artista já escrevia em Português, Inglês e Francês. Produzia obras em prosa e poesia. Também começou a atuar como crítico literário e redator em revistas, chegando a dirigir algumas delas.
Além de escrever livros, Pessoa redigiu ensaios, peças de teatro, novelas, críticas literárias, entre outros. Dedicou-se também à astrologia e à publicidade.
Por ter morado na África do Sul, dominava o inglês. Assim, ele sempre trabalhou com tradução. Traduziu a obra O corvo, uma das principais do estadunidense Edgar Allan Poe.
Em 1920, Pessoa passou a morar com a mãe, a meia-irmã e os dois meios-irmãos na Rua Coelho da Rocha, nº 16, em Lisboa, onde é hoje a Casa Fernando Pessoa.
A família do português considerava-o afetuoso e amável, mas muito reservado. Estudos indicam que ele teve uma vida discreta e livre, em especial de horários, e que era bipolar.
Fernando Pessoa deixou como legado mais de 25 mil folhas escritas, as quais estão guardadas na Biblioteca Nacional de Portugal. Entre suas redações, encontram-se poesias, peças de teatro, contos, ensaios filosóficos, críticas literárias, traduções, teorias linguísticas, textos políticos, cartas astrológicas, entre outras.
“Tudo vale a pena se a alma não é pequena”
Fernando Pessoa morreu aos 47 anos, no dia 30 de novembro em 1935, vítima de uma cirrose hepática.
Na véspera de sua morte, escreveu a lápis, em inglês, a seguinte frase: “I know not what tomorrow will bring (Não sei o que o amanhã trará)”.
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Obra de Fernando Pessoa
Pessoa dedicou grande parte dos seus 47 anos de vida à carreira de escritor. Segundo ele, ser poeta e escritor não era uma profissão, mas vocação.
Fernando Pessoa é considerado modernista, uma vez que foi um dos escritores que iniciaram o movimento em Portugal, ao lado de nomes como Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro, Luís de Montalvor e Ronald de Carvalho.
O escritor ajudou a fundar a revista Orfheu, responsável por divulgar as ideias modernistas em Portugal e também no Brasil.
Pessoa gostava de fazer reflexões sobre identidade, verdade e existencialismo. Algumas de suas poesias tinham caráter nacionalista.
Confira abaixo as principais obras de Fernando Pessoa:
Livro do Desassossego: considerada a obra do escritor que mais se assemelha a um romance;
Mensagem: formado por 44 poemas, é o único livro de Pessoa publicado em vida. Foi escrito em 1934, em português;
Poemas completos de Alberto Caeiro: coletânea de obras de Caeiro, um dos heterônimos mais famosos de Pessoa ao lado de Álvaro de Campos e Ricardo Reis.
Poesias: contém vários poemas bastante conhecidos, entre os quais se destacam “Tabacaria”, “Poema em linha reta”, “Ode marítima”, “Autopsicografia”, “Aniversário”, “Todas as cartas de amor…” e “Não sei quantas almas tenho”.
Heterônimos de Fernando Pessoa
Um dos diferenciais das obras e poesias de Fernando Pessoa é o uso da heteronímia – recurso utilizado por um escritor quando ele escreve textos assinando com outros nomes. Valendo-se dos heterônimos, Pessoa apresentava características como desdobramento do “eu”, multiplicação de identidades e sinceridade do fingimento.
“Esta tendência para criar em torno de mim um outro mundo, igual a este mas com outra gente, nunca me saiu da imaginação.” Cada heterônimo de Pessoa apresentava personalidade própria: características físicas, atividades literárias específicas, visões políticas e religiosas particulares. Confira a seguir os heterônimos mais conhecidos:
Alberto Caeiro: era um engenheiro influenciado pelo simbolismo e futurismo; Álvaro de Campos: escrevia poesias de maneira simples, direta e concreta; Ricardo Reis: era um médico que contemplava o bucolismo em suas obras; Bernardo Soares: considerado o alter ego do português, é o “semi-heterônimo” de Pessoa, por ser o mais parecido com ele. Com esse nome, o poeta escreveu o Livro do desassossego, considerado sua principal obra.
Casa Fernando Pessoa
Inaugurada em 30 de Novembro de 1993, em Lisboa, a Casa Fernando Pessoa é um espaço cultural situado no local onde o escritor morou nos seus últimos 15 anos de vida.
Também conhecida como “casa de poesia”, o centro contempla a biblioteca particular do escritor, com grande parte dos livros que, de fato, pertenciam ao português.
O local, que preserva objetos pessoais, documentos e mobiliários usados por ele, é considerado um ponto turístico da capital de Portugal.
Fonte: Brasil Escola
Por Por Silvia Tancredi
Fernando Pessoa nasceu no dia 13 de junho de 1888, no Largo de São Carlos, na cidade de Lisboa, em Portugal. Seus pais eram Joaquim de Seabra Pessoa e Maria Magdalena Pinheiro Nogueira Pessoa.
O artista passou grande parte da infância em Durban, colônia britânica situada na África do Sul, onde seu padrasto era cônsul português.
O pai do escritor morreu de tuberculose quando ele tinha cinco anos de idade. Conforme estudos, na adolescência Pessoa era um rapaz tímido, mas inteligente, bom aluno e dono de grande imaginação.
Fernando Pessoa começou a escrever poemas ainda criança. Seu primeiro texto data de 1895, quando tinha sete anos.
Pessoa chegou a ingressar no curso de graduação em Letras, em Lisboa. Porém, após dois anos, o abandonou. Ele preferia estudar por conta própria na Biblioteca Nacional. Lia livros em Inglês e Português.
“Tenho em mim todos os sonhos do mundo”
Ainda jovem, com cerca de 22 anos, o artista já escrevia em Português, Inglês e Francês. Produzia obras em prosa e poesia. Também começou a atuar como crítico literário e redator em revistas, chegando a dirigir algumas delas.
Além de escrever livros, Pessoa redigiu ensaios, peças de teatro, novelas, críticas literárias, entre outros. Dedicou-se também à astrologia e à publicidade.
Por ter morado na África do Sul, dominava o inglês. Assim, ele sempre trabalhou com tradução. Traduziu a obra O corvo, uma das principais do estadunidense Edgar Allan Poe.
Em 1920, Pessoa passou a morar com a mãe, a meia-irmã e os dois meios-irmãos na Rua Coelho da Rocha, nº 16, em Lisboa, onde é hoje a Casa Fernando Pessoa.
A família do português considerava-o afetuoso e amável, mas muito reservado. Estudos indicam que ele teve uma vida discreta e livre, em especial de horários, e que era bipolar.
Fernando Pessoa deixou como legado mais de 25 mil folhas escritas, as quais estão guardadas na Biblioteca Nacional de Portugal. Entre suas redações, encontram-se poesias, peças de teatro, contos, ensaios filosóficos, críticas literárias, traduções, teorias linguísticas, textos políticos, cartas astrológicas, entre outras.
“Tudo vale a pena se a alma não é pequena”
Fernando Pessoa morreu aos 47 anos, no dia 30 de novembro em 1935, vítima de uma cirrose hepática.
Na véspera de sua morte, escreveu a lápis, em inglês, a seguinte frase: “I know not what tomorrow will bring (Não sei o que o amanhã trará)”.
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Obra de Fernando Pessoa
Pessoa dedicou grande parte dos seus 47 anos de vida à carreira de escritor. Segundo ele, ser poeta e escritor não era uma profissão, mas vocação.
Fernando Pessoa é considerado modernista, uma vez que foi um dos escritores que iniciaram o movimento em Portugal, ao lado de nomes como Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro, Luís de Montalvor e Ronald de Carvalho.
O escritor ajudou a fundar a revista Orfheu, responsável por divulgar as ideias modernistas em Portugal e também no Brasil.
Pessoa gostava de fazer reflexões sobre identidade, verdade e existencialismo. Algumas de suas poesias tinham caráter nacionalista.
Confira abaixo as principais obras de Fernando Pessoa:
Livro do Desassossego: considerada a obra do escritor que mais se assemelha a um romance;
Mensagem: formado por 44 poemas, é o único livro de Pessoa publicado em vida. Foi escrito em 1934, em português;
Poemas completos de Alberto Caeiro: coletânea de obras de Caeiro, um dos heterônimos mais famosos de Pessoa ao lado de Álvaro de Campos e Ricardo Reis.
Poesias: contém vários poemas bastante conhecidos, entre os quais se destacam “Tabacaria”, “Poema em linha reta”, “Ode marítima”, “Autopsicografia”, “Aniversário”, “Todas as cartas de amor…” e “Não sei quantas almas tenho”.
Heterônimos de Fernando Pessoa
Um dos diferenciais das obras e poesias de Fernando Pessoa é o uso da heteronímia – recurso utilizado por um escritor quando ele escreve textos assinando com outros nomes. Valendo-se dos heterônimos, Pessoa apresentava características como desdobramento do “eu”, multiplicação de identidades e sinceridade do fingimento.
“Esta tendência para criar em torno de mim um outro mundo, igual a este mas com outra gente, nunca me saiu da imaginação.” Cada heterônimo de Pessoa apresentava personalidade própria: características físicas, atividades literárias específicas, visões políticas e religiosas particulares. Confira a seguir os heterônimos mais conhecidos:
Alberto Caeiro: era um engenheiro influenciado pelo simbolismo e futurismo; Álvaro de Campos: escrevia poesias de maneira simples, direta e concreta; Ricardo Reis: era um médico que contemplava o bucolismo em suas obras; Bernardo Soares: considerado o alter ego do português, é o “semi-heterônimo” de Pessoa, por ser o mais parecido com ele. Com esse nome, o poeta escreveu o Livro do desassossego, considerado sua principal obra.
Casa Fernando Pessoa
Inaugurada em 30 de Novembro de 1993, em Lisboa, a Casa Fernando Pessoa é um espaço cultural situado no local onde o escritor morou nos seus últimos 15 anos de vida.
Também conhecida como “casa de poesia”, o centro contempla a biblioteca particular do escritor, com grande parte dos livros que, de fato, pertenciam ao português.
O local, que preserva objetos pessoais, documentos e mobiliários usados por ele, é considerado um ponto turístico da capital de Portugal.
Fonte: Brasil Escola