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Presidente Lula

PRESIDENTE LULA 

PRESIDENTE LULA 

Jornalista, militante e um dos fundadores do PT, Athos Pereira participou da construção da democracia do Brasil e deixa um legado de trabalho incansável por um país melhor e mais justo. Fundador do partido em Goiás, atuou durante anos na liderança na Câmara dos Deputados e se consolidou como intelectual respeitado no campo progressista brasileiro. Meus sentimentos aos familiares, amigos e companheiros de luta de Athos. 

Luiz Inácio Lula da Silva – Presidente da República 

PARTIDO DOS TRABALHADORES

O Partido dos Trabalhadores recebeu com profunda consternação a notícia do falecimento de Athos Pereira da Silva. (…) O PT Nacional manifesta sua solidariedade aos familiares, aos amigos e aos colegas de trabalho de Athos. 

Gleisi Hoffmann – Presidenta Nacional do PT , Henrique Fontana Secretário-geral do PT

PT GOIÁS

É com profunda tristeza que recebemos a notícia do falecimento do companheiro Athos Pereira, vice-presidente do PT de Formosa. (…) Athos dedicou sua vida à luta contra a ditadura militar e as injustiças sociais, contribuindo de maneira inestimável para a construção de um Brasil mais humano e democrático.

Kátia Maria – Presidenta do PT Goiás 

PT TOCANTINS

Uma das vozes de mais influência na defesa da democracia, na luta por justiça social. (…) Sua voz fez, faz e fará a diferença na defesa de um país justo e inclusivo. 

Zé Roberto Lula Presidente do PT-TO

PT FORMOSA

O Partido dos Trabalhadores de Formosa, Goiás, lamenta profundamente o falecimento de seu vice-presidente, o querido companheiro Athos Pereira da Silva. (…) Ficamos com a certeza de que o camarada Athos, inspiração para todos e todas nós, militantes do PT, nos deixou, como exemplo, a importância de travar sempre o bom combate. 

Diretório Municipal do PT de Formosa  

Altamir Gualberto Salgado – Presidente do PT Formosa

PV FORMOSA

Athos Pereira será eternamente lembrado pelo seu intelecto apurado e por sua luta incansável pela liberdade.

CUT GOIÁS

Athos é um militante histórico da esquerda brasileira e sempre esteve na lida diária pelos direitos da classe trabalhadora. Neste momento de dor, a direção da Central presta toda a sua solidariedade aos familiares e amigos deste grande companheiro de luta. Athos, Presente!

FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO

Treze de agosto, um número muito carregado de história e luta. Nesta triste terça-feira 13, perdemos Athos Pereira. (…) O companheiro Athos nos deixa com a responsabilidade de respeitar seu legado e sua história de lutas. (…) Que neste momento de luto e saudade sua família e amigos tenham a certeza da importância e grandeza deste homem chamado Athos Pereira.

MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS E DA CIDADANIA

O MDHC lamenta profundamente a partida de Athos Pereira, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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