Dom Paulo Evaristo Arns: O Cardeal da Resistência

Dom Paulo Evaristo Arns: O Cardeal da Resistência 

Por

Dom Paulo Evaristo Arns
Homem de alta consciência
Defensor dos Diretos Humanos
Atuou com sapiência
Lutou contra a ditadura
Foi um ás da resistência

Combateu a
Do regime militar
Buscou a democracia
Tinha verve popular
Pelo democrático
Soube muito bem lutar

76 anos dedicados
À causa da religião
Lutou pela anistia
No combate a opressão
Foi um nome de destaque
Pela paz, libertação

O cardeal da resistência
Formou-se em teologia
Foi líder religioso
Estudou
Na Sorbonne, em Paris
Fez letras, pedagogia

Nasceu em Forquilhinha
Lá em Santa Catarina
Quinto de 13 filhos
De cultura muito fina
Descendente de alemães
A sua palavra nos germina

1921
O ano de nascimento
Paulo Evaristo Arns
Artesão do movimento
Cultivou a bondade
E tinha bom sentimento

1939
Petrópolis, Rio de Janeiro
Foi na Ordem Franciscana
Luminoso candeeiro
Da estirpe de Dom Hélder
Foi archote e luzeiro

Bispo e arcebispo de
Nos anos da ditadura
Atuou contra a
Com amor e com ternura
Desenvolveu bons projetos
Tinha uma vasta cultura

57 publicados
Jornalista e escritor
Homem de educação
Consagrado
Dedicação aos pobres
Merece todo louvor

“Corintiano Graças a Deus”
Escreveu sobre
Pelejou contra a censura
Foi brilhante como um sol
Disse não à tortura
Brotou como um girassol

Apoiou as Diretas Já
A volta da democracia
Disse não à exceção
Ao terror da tirania
Fez “Testemunho de paz”
Seu grito de rebeldia

Comissão de Justiça e Paz
Luta pela cidadania
Na força da CNBB
Apoiou a anistia
Foi um homem glorioso
A voz da democracia

Na Catedral da Sé
Históricas celebrações
As vítimas da ditadura
Presentes em seus sermões
Vannucchi e Vladimir Herzog
Assassinados nas prisões

Contra a invasão da PUC
A repressão e a tortura
Sua voz nunca calou
Nos tempos da ditadura
Enfrentou a tirania
E o terror da censura

Com a sua irmã Zilda Arns
Criou a Pastoral da
Trabalho humanitário
De elevada relevância
A sua luta pelo povo
Contra a ignorância

Muitos prêmios conquistou
Pela boa atuação
Premiado pela ONU
Na Europa e no Japão
Títulos de cidadania
Recebeu em profusão

28 anos de arcebispado
Muitas paróquias criou
As comunidades de base
Ele muito incentivou
1200 centro comunitários
Em Sampa multiplicou

A obra “Brasil Nunca Mais”
Com boa repercussão
Denunciou torturadores
No auge da repressão
Merece nossos aplausos
Honras de toda a nação

Dom Paulo Evaristo Arns
Apóstolo da democracia
Merece todo respeito
Combateu a tirania
Palmas para o franciscano
A voz da cidadania

Gustavo Dourado


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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